AH...SE EU CHEGAR LÁ...

Há muitos pensamentos que expressamos no automático, porém em época de eleição acredito que o autómático da vida se exacerba demais pela força do lugar comum.

Foi o que aconteceu com ela.

Contou-me que outro dia foi ao médico e ele lhe perguntou:

-Dona Maria, será que daria para a senhora comprar só um remedinho que não está na cesta básica do "governo"? Sua pressão arterial insiste em não abaixar com os seus remédios atuais.

-Ah doutor, enquanto eu não me aposentar, dá sim...já depois...ah, acho que nem sei se vou chegar lá...

Trocando em miúdos o raciocínio diagnóstico daquela senhora:

Quando me contaram o presente diálogo, claro, entendi perefeitamente o raciocínio tão rápido e brilhante da dona Maria, que foi básico e inteligente: quando ela se aposentar, pelo atual andar da carruagem da previdência, claro, aí que não comprará mais nada mesmo. E se for remédio então, tem que esquecer para sempre!

E quanto à sua dúvida se ela chegará ou não até a aposentadoria, eu já penso diferente dela: Difícil mesmo vai ser a aposentadoria chegar até nós.

E quem viver... ops, digo, quem votar verá!

Viver ( por aqui!) já é algo bem mais complexo.