Gosto não se discute, mau gosto sim!

Estou aqui, ouvindo Caetano Veloso, deliciando-me ao som de poesias cantadas! Bem diferente do que eu fui obrigada a ouvir logo depois do almoço! Uns vizinhos novos que temos por aqui estavam com a corda toda! E colocaram um funck no último volume. Até aí tudo bem, não fossem as obscenidades contidas nas letras das músicas (se é que podemos chamar assim!). Uma mais pornográfica que a outra. Palavras que eu nem ouso ditar por aqui. O pior é que quando percebi, meus filhos estavam cantarolando os tais refrões.

Meu Deus! Eu expliquei que eles não podiam cantar aquilo, que era palavrão, que era feio, que criança não podia cantar esse tipo de coisa. Eles ficaram meio contrariados, mas pararam com a cantoria. Só que chegou certa hora, que eu fui obrigada a pedir que os vizinhos diminuíssem o volume, não teve jeito. Eles não gostaram nada da idéia, chamaram-me de “pobre jovem velha”! Que seja, que eu seja! Se bom gosto for sinal de velhice, acho que já nasci velha, e com orgulho!

Dizem por aí, num antigo clichê, que gosto não se discute. Concordo plenamente, porém o mau gosto gera discussões acaloradas! E desculpem-me os amantes do tal funck. Nada contra a linha musical, mas sim contra a banalização das letras. É constrangedor. Além do que, parece-me que o requisito básico pra ser um funckeiro é não entender nada de música, cantar mal e ser vulgar! E não confundam minha opinião com preconceito, é apenas o que eu denomino por “bom gosto”! E isso contradiz a tal da “Teoria da Relatividade”, bom gosto é sempre bom gosto, independente de condição social, raça credo, cor ou partido político. E a quem me disser que gosto é gosto eu responderei: “mau gosto é mau gosto”!

Mi Guerra
Enviado por Mi Guerra em 25/10/2010
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