E NÃO É A NOSSA CARA?

Prezados recantistas:

Nós que vivemos no mundo das letras, talvez entendamos melhor esta "piadinha" que recebi, mais precisamente um triste entendimento de BRASIL, que já brotava do "âmago" de Rui Barbosa, um histórico intelectual brasileiro que muitas profecias já fazia ao embotamento dos momentos.

Vejamos se não é a nossa cara: Cara de Brasil.

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(Texto recebido)

"EU LEVO OU DÊXO ?"

Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.

Foi averiguar e constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo- o ao tentar pular o muro com seus patos, disse-lhe:

- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é

para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica, bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.

E o ladrão, confuso, diz:

- Dotô, ... EU LEVO OU DÊXO os patu?

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A nota é minha: Por aqui...os "dotô "também levam, e os demais ladõres "aletrados" sequer perguntam se podem levar.

Apenas levam, sem maiores parcimônias, sem a menor punição.

Questão meramente cultural.