LEVARAM CHIFRE ... PAGARAM NA MESMA MOEDA!

A comadre agradava demais do compadre. E era a artilheira do time das ninfomaníacas. Vivia se oferecendo ao compadre e ele se esquivando, pois respeitava muito seu compadre. Quando iam a algum pagode e iam dançar, ela ficava se esfregando nele que ficava constrangido com a situação. Mas quando a mulher quer, nem o capeta segura. A maquiavélica mulher engenhou um plano para dar para o compadre. Certa manhã, tomou banho se perfumou e preparou-se para ir a cidade. Foi para a porteira esperar a condução. Sabia o horário que o compadre passava com a caminhonete com os latões de leite com destino à cidade. Esperou um pouco e logo veio o compadre com a caminhonete. Pediu carona e entrou no veículo. Andaram um pouco e ela falou:

-Compadre, sabe que meu marido e a cumade estão de caso?

-Credo em cruiz, cumade, não fala uma disgraça dessa não...

-É verdade, cumpade...

-Ah, cumade, eu mato o cumpade!

-Bobage cumpade, tem que matá ninguém não, vamo vingá deles do mesmo jeito...

O compadre relutou, a comadre falou:

-Cumpade vamo vingá deles, tô até com o trem latejano...

O compadre relutou, mas pensou:

-Eu vô levá disvantage, minha muié é bunita e boa, a cumade é um bucho, mas só pur disaforo eu vô cumê ela...

Saiu da estrada, entrou no mato e chegou a taca na comadre.

Acabado o serviço, rodaram mais um pouco e a comadre perguntou:

-E aí, cumpade, cabô a raiva do cumpade?

-Qui nada cumade, eu mato, remato e torno a matá o cumpade...

-Liga não, vamo vingá deles de novo.

O compadre já estava desanimado, mas topou, assim iria contar para todo mundo que tinha botado um capacete de Wiking no compadre.

Se a primeira já foi sem graça, imaginem a segunda...

A cidade ficava longe, e antes de chegarem na cidade a mulher falou:

-Cumpade, vamo vingá de novo?

O compadre desanimado respondeu:

-Ah, cumade, que sabê duma coisa? A minha raiva do cumpade até já cabô...

* * *