A piada ou o amigo?
Conversava com Giovanni sobre jeitos de ser. Em determinado momento da prosa atribuí à minha própria pessoa a qualidade de plástica (no sentido de não ser dura). Pra aumentar a graça continuei: “Se botar no fogo derrete em dois tempos”. Giovanni respondeu: “- Falta apenas ser inflável”. E completa: “- Perco a amiga, mas não perco a piada.” Eu que sou chegada nessas tiradas, retribui ao comentário com uma risada. Continuando a conversa ele disse outra piada (nem me lembro qual) e eu com cara de ué não entendi nada. Se tem alguém ruim de entender piada esse alguém sou eu. Sou daquelas que ri por último, às vezes dois dias depois. O interessante é que fico com a dita cuja na cabeça. Penso em todas as formas, tento decifrar por todos os lados, de trás pra frente, de frente pra trás, até que uma hora o insight de tanto ser procurado não aguenta mais e pronto. Flui. Aí quando eu entendo, eu rio. Rio sem miséria. Continuando sobre a conversa com Gio, o coitado, explicava, explicava e eu embolada na piada cada vez mais. Teve uma hora que ele se irritou: “- Ah, Isabel, vá procurar nos livros!” Rs. Falei assim pro ser humano: “- Ei, fala direito comigo, perco a piada, mas não o amigo!!!” Rsrsrs....