O PÉ

O pé, com certeza, é o mais antigo meio de locomoção do ser humano. E de alguns outros animais também. Mas isso não vem ao caso.

Graças a modernidade e tecnologia hoje ele anda bem confortável, pois inventaram o chinelo que o deixa mais a vontade e ornamentado. A roda também tem contribuído com o pé, já que muitos deixaram de andar a pé.

Uma descoberta recente que gerou muitas controvérsias no mundo cientifico, diz que o pé foi criado para deixar a gente em pé quando dá um pé de vento.

Cada pé tem cinco dedos que servem de cano de escape, pois no meio deles

sempre acumula sujeira e mau cheiro; ninguém aconselha, mas sempre é bom lavar com mais assiduidade ali.

As unhas dos pés, que poucos sabem quais são suas utilidades, servem para abrigo do bicho-de-pé. Perceberam que é ali sua morada favorita? Então! E isso deixa muito sujeito num verdadeiro pé de guerra, porque tirar o bichinho da cova é trabalhoso.

Ah, unhas também servem para furar a meia e deixar a esposa de orelhas em pé.

E tem outros tipos de pés: pé-de-moleque, pé-de-cabra (preferido dos ladrões), pé de valsa etc. Até bem pouco tempo, quem tinha pé de valsa era um sujeito de muita sorte, pois sempre conseguia as melhores namoradas e consequentemente os melhores casamentos. Eu sempre acreditei na história que aqueles caras carregavam no bolso da calça um pé de coelho tamanha a sorte. Outros invejosos diziam que eles entravam no salão sempre com o pé direito. Hoje a maioria daquelas que os escolheram para esquentar seus pés, andam reclamando que o dançador de outrora já não está dando no pé.

A maior injustiça que fizeram com o pé no Brasil foi quando descobriram que um deputado escondeu dinheiro nas meias dos pés e noticiaram que ele tinha pé quente. Nada!

Tinha um esquema quente para fazer seu pé de meia.

Outras curiosidades que descobriram do pé é que ele tem orelhas, já que muitos políticos sussurram ao pé do ouvido segredos só para arrumar um pé de encrenca.

Quando o sujeito está com o pé frio, é bom levá-lo logo à cidade dos pés juntos e enterrá-lo. E dar no pé. Não é bom ficar dando bobeira em cemitério, pois quem não é visto não é lembrado.

E por falar em dar no pé, antes que alguém resolva pegar no meu com a alegação que esse texto ficou sem pé nem cabeça, fui! A pé.