Prosa sobre signos (Parte II)
Escorpião. Não me conformo que seja elemento água. Combina tanto com fogo. Intenso como uma chama brava não economiza na possessividade e em retrucar algo que não tenha gostado. Sedutores também. Nas ideias, no olhar, no toque. Ninguém segura escorpião não. Bicho “avoa” na ousadia. É um pessoal meio perigoso esse aí. Maioria dos meus amigos é de escorpião. Parte deles não vejo há tempos. Esqueço de ligar e isso eles não esquecem.
Que mais ...
Peixes. Tenho uma amiga Carol que disse ter dois tipos de piscianos. Os que vivem embaixo da água e os que estão no aquário. Os que vivem embaixo da água segundo ela estão sempre à parte. Sonham, devaneiam, ficam no seu mundo e não enxergam a realidade. Sofrem de uma carência sem fim. Sei lá né. Os que estão no aquário na teoria carolina vivem na água, porém estão atentos ao seu redor. Carol é peixes. Eu fico pensando nessa coisa de peixe no aquário. Acho um horror prender os bichinhos num espaço limitado. Aí penso no meu signo. Aquário. O que aquário faz? Aquário enfeita. Mas em contrapartida prende. Estranho isso aí. Um signo que ama tanto a liberdade prendendo peixe? Tá certo não.