ARARAPIRA E AMANHECE FUTEBOL CLUBE...
La pras bandas de Ararapíra,cidadezinha dos cafundó dos Judas,Minas Gerais,esta localizada esta corrutela com pouco mais de dois mil habitantes.Não muito distante,mais ou menos uns trinta quilômetros, esta encravada Amanhece com a mesma proporcionalidade de habitantes.
O que tem de comum entre estas duas metrópoles?!
Duas equipes de futebol.O Ararapíra futebol clube com o seu maior adversário,o Amanhece futebol clube.
Do lado do Ararapira futebol clube,o seu maior destaque no campo futebolístico é um sujeitinho com o pseudônimo de Mane patada atômica.Quando havia uma penalidade máxima e que Mané era chamado os goleiros tremia ate os bigodes.
Já o Amanhece futebol clube tinha também entre os seus destaques duas estrelas.Zé pé de anjo,que era o maior goleiro que já pisou por aqueles bandas do cafundó dos Judas,se dizia imbatível em baixo dos três paus.Homem franzino,marrento,canela finas,delgado, porem um pouco alto
Mas dando prosseguindo a história do Zé pé de anjo,debaixo dos três paus,isto é das traves do gol,não havia quase ninguém na região que furasse aquela barreira intransponível.Mas tinham também o não menos craque,Chico efeito.
O Cara batia de três dedos na bola, que se diga de passagem, a dita cuja fazia círculos no próprio eixo ziguezagueando de um lado pro outro ate morrer no fundo do gol adversário.Dificilmente algum goleiro a pegava.
Bem, o tão esperado dia aconteceu. Ararapíra versos Amanhece futebol clube.Ate dona Candinha esposa do finado Tião,que por coincidências à parte era também mãe de Zé pé de anjo,levou uma capanga de pão de queijo e broas de milho para comer na hora do nervoso encontro das duas equipes.
O estádio estava completamente lotado, quer dizer,o campo da contenda.Ops,era um chão batido de dar dó.Não havia sequer um centímetro de grama. Ai de quem caísse.Era ralado totalmente.A torcida toda em volta do campo a espera de ver o goleiro menos vazado,o patada atômica e o rapaz do chute de efeito inigualável.
Inicia-se a partida,cavalos e vacas fora,torcida também fora e o juiz da o ar de sua graça com o seu apito feito em bambu,porque por aquelas bandas não tinha um apito de grande monta.Trajava na sua altivez,um calção preto ate abaixo dos joelhos e uma camisa amarelo cocô de neném com alguns furos carcomidos pelos revezes do tempo.
Trinta minutos do primeiro tempo.O lateral do Amanhece futebol clube comete uma falta na pequena área e da-se a falta....Pensa em uma euforia já esperada...pênalti.
Era o momento em que a torcida mais esperava daquela partida.Zé pé de anjo de uma lado e o patada atômica do outro.A plateia veio abaixo nas arquibancadas...Peraí...falei em arquibancadas?!?! quer dizer,a torcida dos dois times que naquele momento estavam,alguns,em cima das mangueiras e outros tantos em cima de um caminhão Fenemê estacionado com o intuito mesmo de arquibancadas,e os outros em cima de cupins e adjacências,vieram todos para o lado do gol,em questão do pênalti.
Zé pé de Anjo,o defende tudo,versos o cidadão que tinha um canhão no pé...O Mane patada atômica.
Seu Mané do açougue,que era o próprio arbitro,contou as passadas regulamentares e com o bico da chuteira fez um xis no chão,deu uma cusparada em cima e disse pro Mané.
-É aqui que eu quero vê o que vai acontecê cabra!
Mané patada colocou a bola no chão,deu uma recuada com aquelas canelinhas que nem palito,mais ou menos de uns cinco metros,botou a mão na cintura e deu uma respirada funda e uma mirada no rumo do zé pé de anjo no gol.Pé de anjo por sua vez bateu as mãos uma na outra por uma cinco ou seis vezes,para enervar o dito cujo chutador,Patada Atômica e gritou bem alto...
-Pode vir seu patada de meia tigela.
Feito isto o estadio todo silenciou...Quer dizer....o campo todo.O patada atômica veio a cento e vinte por hora,teve gente na plateia que fechou os olhos,inclusive dona Candinha a mãe do suposto cadáver goleiro.No que o patada deu o seu tiro de canhão,Zé pé de anjo foi na bola sem pestanejar e agarrou-a...quer dizer...A bola em sua velocidade máxima pegou bem no peito de Zé pé de anjo.No que ela bateu em seu peito, os seus olhos pulou pra fora e ele entrou com bola e tudo pra dentro das redes.
La fora na ponta de uma vara o menino acabava de colocar o placar de um a zero para o Amanhece futebol clube.La dentro das quatro linhas, os maqueiros e o Seu Antonio que era farmacêutico,parteiro e outros bichos,tentava reanimar Zé pé de anjo colocando os seus olhos em sua orbita de onde não deveria ter saído.
Inicia se novamente o jogo.Bola vai, bola vem,faltando cinco minutos para terminar o jogo a bola sobra para o homem do chute de efeito.Chico do efeito.Famigerado batedor de faltas,também. Chico desce pela linha de fundo,dribla um, dribla dois,três, da um lençol no lateral,um drible da vaca no meia direita e vê o goleiro avançado na área.Adianta a bola um pouquinho mais e pega de três dedos na orelha da bola,a qual da várias voltas em torno de seu eixo e sai quase oval nesta batida de efeito fenomenal.A bola faz várias curvas ate morrer nas mãos do goleiro adversário o qual a agarra com as duas mãos.O goleiro por sua vez,da uma olhada de sarcasmo para o pé de Anjo como querendo dizer;-Ta aqui ó peguei.No que o goleiro quica a bola para remeça-la novamente para o meio do campo,devido o fator efeito aplicado na bola anteriormente pelo Chico,ela a bola, ainda sobe o feito do efeito,me desculpe o trocadilho,ao quicar no chão volta e entra de mansinho para as redes adversária.O placar marca neste momento um a um.
Neste exato momento o Sr. juiz da-se por encerrada a partida.Alguns satisfeito com o resultado outros nem tanto.
E aqui mais uma vez eu termino mais umas das minhas centenas de história mirabolante.
Sei que vão ter pessoas que não vão acreditar,mas, se quiserem conferir é só perguntar pra comadre Bastiana irmã da finada Cidinha e que é fia do Zé goiaba.Tem também o tio Mané bafo de onça que é casado com a tia Mariinha gaguinha, e ainda tem o Tonhão boca de sulapa primo do Zezinho onze e meia e também tem o Zé rato que pode confirmar toda esta minha história.
Bem, e assim termina mais esta história sem vencidos ou vencedores