Crônica da magrela louca
Neste mês que passou, estive tão ocupada que não pude prestar muita atenção no que acontecia pelo mundo afora.
Só sei que havia um polvo argentino, chamado Bruno, que matou o goleiro bonitão da seleção espanhola com um tremendo chutaço na cobrança do pênalti que não houve, mas que o juiz japonês apitou equivocadamente.
Daí o Nelson Mandela botou a boca na vuvuzela pra denunciar o enriquecimento ilícito do urânio iraniano. Mas o vaiatolá de lá se justificou dizendo que precisava se defender dos ataques do demônio imperialista turco, que afundou um navio-petroleiro judeu no Golfo do México, na maior traição, bem na hora do jogo do Brasil contra a Uganda, que veio na maior gana de vencer o dream team tupiniquim na Costa do Marfim.
A coisa foi tão séria que até o Fidel, que andava meio morto e enterrado, apareceu vivinho de castro na TV e fez um breve discurso de 97 horas só pra dizer que charuto não é chupeta e que o Dunga tinha toda a razão de andar zangado com aqueles jogadores molengões de uma figa, que só tavam interessados em fornecer manchester pro arsenal da globo em real madrid. Pra piorar, ganham polpudos salários em euros capitalistas selvagens e, no mais solene desrespeito com o meio ambiente, ainda eliminaram um tal de pato ou ganso chamado Neimar. Dizem que esse aí chegou até a fazer greve de fome, deixando de ser tão fominha ao pegar na bola e passando a dar passe e jorei pra todo lado. Hum-hum, zinfíi...
E no final de tudo, descobriu-se que o grande vilão da história foi o Mick Jagger que, com o seu notório pé gelado, trouxe má sorte pro esquete brasileiro. O qual, em vez de rolar a jabiraca, acabou foi rolling stones...