Pepino

O pé e o pino resolveram se juntar

Para conseguir de alguma forma aparecer

Resolveram desse jeito maluco

Sair a atrapalhar todo mundo

Com as forças da pisada

E o amarrar com a porca errada

O pino ajustou o seu parecer

E o pé o seu quase feder

Não lava, não passa o pano para enxugar

Talvez o suor de poder lamentar

Ter que andar léguas, quilômetros e metros

Para poder trazer o que da lavoura plantar

E se vem, com todos os seus atributos

Parece mesmo coisa de maluco

O seu colorido verde escuro

Fatiado ao bel prazer do concluso

Cozinheiro de muitos rega bofes

Controla o seu conteúdo na estrofe

Faz de tudo para acrescentar

O pepino no seu jantar

E assim, começa o destempero

Faz no que se espera festeiro

Controla a todos com o seu gosto certeiro

Virar o nariz quem lhe tem preconceito

Vêm com rodelas, alguns bem comportados

Fazem de tudo para lhe tirar só um pedaço

Mas se acham que é forte o suficiente

Fazem só dele todo o seu prato

Alguém avisa cuidado com o pepino

Ele pode não lhe trazer só benefício

Quando está no prato, bem temperado

Parece até um moço de fino trato

Mas a teimosia faz parte da maioria

Enfrentar o malfeitor todo e completo

Depois diz que foi para a alegria

Sem querer saber de sal de progresso

Aquele que tomado, faz um chiar no copo

De sal a gosto, para tirar desconforto

Fica assim, borbulhando e achando

Que pode nos tirar o gesto nervoso

Ele, ao contrário, bem malvado

Enrolado no nosso trato digestivo

Depois que foi todo estraçalhado

Acha que deve ser mais divertido – Pum!

Cilas Medi
Enviado por Cilas Medi em 02/07/2010
Reeditado em 04/07/2010
Código do texto: T2353646
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