Pepino
O pé e o pino resolveram se juntar
Para conseguir de alguma forma aparecer
Resolveram desse jeito maluco
Sair a atrapalhar todo mundo
Com as forças da pisada
E o amarrar com a porca errada
O pino ajustou o seu parecer
E o pé o seu quase feder
Não lava, não passa o pano para enxugar
Talvez o suor de poder lamentar
Ter que andar léguas, quilômetros e metros
Para poder trazer o que da lavoura plantar
E se vem, com todos os seus atributos
Parece mesmo coisa de maluco
O seu colorido verde escuro
Fatiado ao bel prazer do concluso
Cozinheiro de muitos rega bofes
Controla o seu conteúdo na estrofe
Faz de tudo para acrescentar
O pepino no seu jantar
E assim, começa o destempero
Faz no que se espera festeiro
Controla a todos com o seu gosto certeiro
Virar o nariz quem lhe tem preconceito
Vêm com rodelas, alguns bem comportados
Fazem de tudo para lhe tirar só um pedaço
Mas se acham que é forte o suficiente
Fazem só dele todo o seu prato
Alguém avisa cuidado com o pepino
Ele pode não lhe trazer só benefício
Quando está no prato, bem temperado
Parece até um moço de fino trato
Mas a teimosia faz parte da maioria
Enfrentar o malfeitor todo e completo
Depois diz que foi para a alegria
Sem querer saber de sal de progresso
Aquele que tomado, faz um chiar no copo
De sal a gosto, para tirar desconforto
Fica assim, borbulhando e achando
Que pode nos tirar o gesto nervoso
Ele, ao contrário, bem malvado
Enrolado no nosso trato digestivo
Depois que foi todo estraçalhado
Acha que deve ser mais divertido – Pum!