Carta com destino próprio
Sabes o que é doloroso?! São todas vezes que me encontro em mim, e não saio da cepa torta.
Da migalha caída e não cabe em orifício nenhum, em calha alguma, em partes existentes claras e escuras, um sofrimento de morte.
Sabes o pior ainda?! São todas as vezes que me oiço e ninguém me escuta, mesmo ouvindo-te, na penúria do dia, na clareza da noite.
E enquanto tudo isto perdura, notória é a gana de te mandar prá esquerda, porque quero a direita da minha Sorte.
Não sei o significado de destino, não creio em palavras ocas, só pergunto ao lá de cima, o que me reflete todos os dias, quem eu sou, e sigo a rota.Torta, mas minha.
Sonora quero a resposta, não ditada, sem tinta, no meio da minha alma para me servir do bem dito.