Carta com destino próprio

Sabes o que é doloroso?! São todas vezes que me encontro em mim, e não saio da cepa torta.

Da migalha caída e não cabe em orifício nenhum, em calha alguma, em partes existentes claras e escuras, um sofrimento de morte.

Sabes o pior ainda?! São todas as vezes que me oiço e ninguém me escuta, mesmo ouvindo-te, na penúria do dia, na clareza da noite.

E enquanto tudo isto perdura, notória é a gana de te mandar prá esquerda, porque quero a direita da minha Sorte.

Não sei o significado de destino, não creio em palavras ocas, só pergunto ao lá de cima, o que me reflete todos os dias, quem eu sou, e sigo a rota.Torta, mas minha.

Sonora quero a resposta, não ditada, sem tinta, no meio da minha alma para me servir do bem dito.

Divavid
Enviado por Divavid em 25/06/2010
Reeditado em 18/12/2018
Código do texto: T2341001
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