HUMOR – Na primeira missa!

 

            Com a perda de todos os meus arquivos, numa infeliz abertura de um e-mail que me fora enviado de boa-fé, montado num vírus fora de série, fica difícil saber o que já fora publicado e em que termos, até porque cada piada pode oferecer várias opções ou versões, como se queira entender. Nos entendimentos com o Recanto das Letras estou tentando reaver tudo, mas o vasto material que havia preparado com antecedência jamais será obtido.

            Em havendo repetição, o que é possível, encareço aos leitores sua compreensão, mesmo por que todos somos humanos e não temos memória de computador. Ou melhor, temos memória melhor do que ele, pois da nossa as coisas se apagam com muito mais tempo, não basta um clique...

            De um detalhe podem ficar certos: Não reivindico para mim a autoria daquelas histórias de domínio público, e isso faço questão de sempre mencionar nos meus escritos. Apenas, quase sempre, empresto as minhas palavras àquelas causos que resolvo publicar.

            Conta-se que Cabecinha se ordenara padre, uma vocação que carregava desde criança, e fora designado para uma paróquia bem próxima a sua casa, numa cidade interiorana daqui do nordeste.

            Da referida igreja já era seu pastor um padre bem velhinho, que estava para ser aposentado, porquanto cuidara e muito bem de seu rebanho, merecendo, assim, um bom repouso.

            Às vésperas do dia de sua primeira missa, Cabecinha andava muito nervoso, mesmo porque toda a comunidade o conhecia, havendo necessidade de bem se apresentar, mesmo porque o substituto do velho padre ele seria no comando daquela casa de orações.

            Procurou o vigário e dele pediu sugestões sobre como proceder naquela sua missa inaugural. – Padre, ajude-me a sair dessa situação vexatória, pedira. – Meu filho, não se aperreie, afinal você fez um belíssimo curso e deve estar bem preparado para pregar o nome do Senhor em qualquer lugar. – Mas padre o senhor não teria umas dicas para melhorar o meu estresse? – Amanhã conversaremos melhor, falara aquele ícone daquela igreja interiorana.

            No dia seguinte, logo cedo, Cabecinha o procurou para tomar os ensinamentos sábios de quem dera toda uma via em favor das ovelhas desgarradas. – Olha, Cabecinha, você antes de iniciar a celebração vem aqui na minha estante, pega esta garrafa de aguardente e toma dois dedinhos para aliviar seu nervosismo. – E isso resolve mesmo, senhor, indagara? – Claro que sim, filho, todos os dias eu faço assim e me saio demasiadamente bem.

            No domingo a matriz estava superlotada de fiéis. A missa começa e tudo ia perfeitamente bem. Chegara à hora da homilia, quando o religioso pode dar todo o seu recado livremente, porém dentro do tema escolhido.

            Pois bem, de repente notara que o público estava saindo de mansinho, de sorte que não ficara um pé de pessoa e ele conduziu a pregação apenas sob as vistas do velho vigário...

            Ao concluir a celebração da eucaristia, procurou o seu conselheiro. – Mas padre, onde foi que eu errei, me responda pelo amor de Deus? – Filho, você se saiu airosamente, todavia cometera três erros capitais. – Então me fale depressa, por favor. – Bem, em primeiro lugar você ao invés de tomar dois dedos de pinga gastou a garrafa toda; depois, disse com todas as letras que Abel matou Caim, quando fora justamente o contrário; e na conclusão aí que foi de lascar, pois quando Jesus Cristo expulsou Adão e Eva do paraíso não mandou ninguém pra puta que pariu, de maneira alguma.

 

Em revisão.

ansilgus
Enviado por ansilgus em 20/06/2010
Código do texto: T2330607
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