POR DUAS DE VINTE E DOIS!
Ele, um senhor de quase oito décadas de vida, acabara de ficar viúvo há pouco mais de um ano, e claro, curtiu sua perda da maneira mais respeitosa que poderia.
Chorou muito, sentia falta da sua companhia dum casamento de mais de cinquenta anos, e se via perdido na casa tão grande e que agora lhe parecia mais imensa ainda.
Então, para não se sentir tão só, começou a frequentar o mesmo resturante todos os almoços, aonde contratava uma boa comida como mensalista.
Passado o martírio do luto, já se mostrava mais animado a encontrar uma nova companhia e preencher o seu vazio.
"Nou sou nada exigente!", argumentava ele aos amigos. "Basta ser uma senhora de respeito, e que queira compromisso, não faço questão de juventude!".
E de fato parecia sincero na "tão pouca" exigência.
E foi assim que lá no restaurante conheceu uma mulata estonteante, NADA EXIGENTE, de meia idade, mais precisamente de quarenta e quatro anos , aparentemente muito bem vividos, de corpo escultural, sorriso largo, pele brilhante, toda faceira, que a princípio também procurava por um companheiro.
Era toda amor...um verdadeiro tesouro de vida para qualquer homem, indiscutivelmente.
E foi assim que, de repente, o destino os colocou frente a frente, quando se encontaram, se encantaram... e se ajeitaram.
Certo dia, preocupado com a saúde da moça, tratou logo de procurar um bom profissional para seguí-la e orientá-la.
Logo na primeira oportunidade, depois que o médico lhe explicou todos os procedimentos a serem seguidos para a manutenção da saúde da moça, o preocupado senhor perguntou ao médico:"Doutor, será que ela fica vinte anos mais nova?"
Verídico.