HUMOR – Seu netinho!
A cena teria ocorrido na cidade do Rio de Janeiro, cujo desenvolvimento andou na frente de todas as demais por longo tempo, mas que nunca perdera a sua beleza, daí ser conhecida mundialmente como “Cidade Maravilhosa”, inclusive por haver sido a capital brasileira, sede do Congresso Nacional e da Presidência da República.
No décimo pavimento de um edifício da elite carioca, contam os mais antigos, que um casal de namorados estava na ampla varanda a se desejar mutuamente, praticando toda sorte de beijos, abraços e tudo mais, próprios de pessoas novas e sumamente apaixonadas.
Fazendo uma pequena digressão, que não é imprópria nesta oportunidade, já ouvi até falar que o bairro da praia de Copacabana, por exemplo, em dia de domingo de sol fica com a sua população reduzida à metade. E ao perguntar por qual motivo, eis que veio logo a resposta: “É porque a metade está por cima da outra”.
Pois bem, passeava com a esposa à calçada do aludido prédio um cidadão de boa postura, chapéu tipo Panamá, que era o de melhor qualidade na época dos anos sessenta (usado por expressivas autoridades do mundo sócio-econômico-financeiro) quando, de repente, cai algo justamente em sua cabeça, provocando certo impacto. Passarinho àquela hora não seria possível...
Parou um pouco, tirou o chapéu da cabeça, olhou direitinho para o conteúdo que caíra, recolocou-o na cabeça, olhou pra cima e pôde ver os pombinhos numa boa, sem dar bolas pra nada. Pediu licença à patroa, pega no elevador e sobe direto ao pavimento, que pela sua estimativa era realmente o décimo.
Em lá chegando, deu de cara com uma velhinha que estava na sala a ver aquelas novelas mais sadias das emissoras. – Boa noite, senhora! – Boa noite, senhor! – Diga-me uma coisa, aquela garota ali na varanda é sua filha? – É sim senhor, ela está com o seu noivo, um belo e educado cavalheiro. Daí ele tirou novamente o chapéu da cabeça e com o dedo indicador (como se dava mingau antigamente às crianças) retirou aquela pequena amostra de papa, e falara: “Pois tome seu netinho que ia se despedaçando lá na calçada”.
Boa noite... e se foi embora.
Em revisão.