Filmes pornôs

embrando-me da minha época de adolescente punheteiro, bateu aquela saudade de ver os filmes do cine Band Privê. Ficar até tarde, no sábado, acordado só para assistir às beldades que passavam. Assim que acabava o “A noite é uma criança”, a pequena criança aqui estava muitissimo acordada e literalmente a noite se fazia de criança.

A música de abertura já emocionava e eu ficava atento ao que ia passar. Claro que sempre eram tetas, tetas e somente tetas, mas aquilo para mim era algo do tipo Meu Deus. Abaixava todo o volume da televisão para que meus pais não acordassem. Deus o livre minha mãe levantar e perguntar:

-O Zeiduardo, que você tá… AHHHH Meu Deus. Vá dormir agora, minino porco, sem vergonha.

Quanto ao Cine Privê, os filmes que eu achava mais emocionante eram os da da saga Emanuelle. E para quem já viu e acompanhou os filmes, que existem uns trocentos, inclusive um deles leva a Manu para o espaço, sabe que tem uma cena hilária que mostra a vagina dela fumando um cigarro. Marcante, marcante!

E esses filmes não me encantam somente pelas tetas, mas sim pela grande ideia de produzi-las e a maneira como as coisas se resolvem. Por exemplo: nada de muito diálogo, até porque sempre alguém está com a boca ocupada.

Além de tudo, esses filmes ajudam a baixar os índices de desempregados. Mecânicos, pedreiros, encanadores, eletricistas… todos podem trabalhar em um filme pornô.

Uma vez tive que narrar uma cena de um dos filmes da Band.

“ele sentou e está conversando com ela. Agora ele pegou os dedos dela, está lambendo-os. Agora ela tira o situã, a câmera começa a descer… tá descendo… vai mostrar mais, vai mostrar, não acredi… subiu para os seios (desapontamento)

. Agora ela pegou um cigarro e, meu, ela colocou na… Rá.. isso você tem que ver…”

Viva os filmes pornôs!

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Eduardo Costta
Enviado por Eduardo Costta em 26/05/2010
Código do texto: T2280171
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