Eu tenho um gato
Dizem as más línguas que é ele que tem a mim
Más línguas à parte, temos um ao outro
Desde que eu seja o um e ele o outro
Perambulava perdido na rampa do metrô
Recolhido por uma amiga, tinha que ser meu?
Chegou com dez meses de idade
E com problemas intestinais
Gastei dinheiro para lhe olharem as fezes
E agora cem reais por mês de areia e ração
Seis quilos de puro pelo e malcriação
Fugiu-me pela porta no primeiro dia
Saía para o trabalho, passou-me por entre as pernas
Foi dar na escada e recolhido por uma vizinha
Era uma sexta-feira, fiquei o sábado sem ele
Andando de um lado para o outro
Já sentia falta do danado...
De volta, fiz-lhe casinhas de papelão
E tantas bolinhas de pano e barbante
Não foi preciso um arranhador
Ele se arranjou com o sofá, com a poltrona
Com a capa da máquina de lavar
E às vezes com minha perna
Já entrou no forno, na geladeira
Dentro do guarda roupas
E dentro de um furo em baixo do sofá
Escondeu-se atrás dos livros na estante
Gosta do banheiro, mas não toma banho
Dorme entre papéis e livros em cima da mesa
Passeia o teclado do computador e escreve:
ldsrjhtowi q8trqgdjfsng 65 aer fdfsi ssfffgiij...
Que pode ser traduzido como eu também te amo!
No calor dorme embaixo da cama, no frio em cima
Apodera-se de todas as minhas visitas
Conhece todos os colos de minhas amizades
Divide comigo a fruta preferida: melão
Come mamão, granola e miolo de pão
Claro, se eu os der a ele
Já me rasgou dois desenhos: deviam estar feios
Nunca mexeu em nenhum rascunho de poema
Segue-me pela casa, vem quando eu chamo
(Deve ser um disfarce a invejar os cachorros)
Aliás, uma vizinha disse que ele mia
Eu disse a ela que claro, ele é um gato
Se fosse um cachorro, latia
Sou malcriado com algumas respostas
E ele é malcriado com algumas unhas
Ah! Não tenho animal de estimação
E sim um amigo felino...
De brigas e brincadeiras
De preguiça e desarrumação
Eu, que falo tanto de infância
Botei tanta infância nele...
aldkgjçafdgj afgaijgag gaídfgágji
(Poesia On Line, em 20/05/2010 - Apresentando o gato Logan)
Dizem as más línguas que é ele que tem a mim
Más línguas à parte, temos um ao outro
Desde que eu seja o um e ele o outro
Perambulava perdido na rampa do metrô
Recolhido por uma amiga, tinha que ser meu?
Chegou com dez meses de idade
E com problemas intestinais
Gastei dinheiro para lhe olharem as fezes
E agora cem reais por mês de areia e ração
Seis quilos de puro pelo e malcriação
Fugiu-me pela porta no primeiro dia
Saía para o trabalho, passou-me por entre as pernas
Foi dar na escada e recolhido por uma vizinha
Era uma sexta-feira, fiquei o sábado sem ele
Andando de um lado para o outro
Já sentia falta do danado...
De volta, fiz-lhe casinhas de papelão
E tantas bolinhas de pano e barbante
Não foi preciso um arranhador
Ele se arranjou com o sofá, com a poltrona
Com a capa da máquina de lavar
E às vezes com minha perna
Já entrou no forno, na geladeira
Dentro do guarda roupas
E dentro de um furo em baixo do sofá
Escondeu-se atrás dos livros na estante
Gosta do banheiro, mas não toma banho
Dorme entre papéis e livros em cima da mesa
Passeia o teclado do computador e escreve:
ldsrjhtowi q8trqgdjfsng 65 aer fdfsi ssfffgiij...
Que pode ser traduzido como eu também te amo!
No calor dorme embaixo da cama, no frio em cima
Apodera-se de todas as minhas visitas
Conhece todos os colos de minhas amizades
Divide comigo a fruta preferida: melão
Come mamão, granola e miolo de pão
Claro, se eu os der a ele
Já me rasgou dois desenhos: deviam estar feios
Nunca mexeu em nenhum rascunho de poema
Segue-me pela casa, vem quando eu chamo
(Deve ser um disfarce a invejar os cachorros)
Aliás, uma vizinha disse que ele mia
Eu disse a ela que claro, ele é um gato
Se fosse um cachorro, latia
Sou malcriado com algumas respostas
E ele é malcriado com algumas unhas
Ah! Não tenho animal de estimação
E sim um amigo felino...
De brigas e brincadeiras
De preguiça e desarrumação
Eu, que falo tanto de infância
Botei tanta infância nele...
aldkgjçafdgj afgaijgag gaídfgágji
(Poesia On Line, em 20/05/2010 - Apresentando o gato Logan)