A empresa em que o Cabecinha trabalhava era num imóvel de construção antiga e quase caindo aos pedaços, sem qualquer possibilidade de reformas, porquanto os proprietários haviam falecido e a herança ainda não tinha sido distribuída, até por que havia menores no meio e gente espalhada por este Brasil inteiro.

Dois elevadores importados da Inglaterra prestavam serviços há muitos anos, fabricados nos anos sessenta, mas ainda se prestavam à condução dos funcionários e clientes. Se brincar eles ainda durarão mais tempo do que esses de hoje em dia, que só têm boniteza e vivem quebrando a toda hora.

Meio sambados, claro, tanto que o pessoal mais antigo os apelidaram de Seu Kipa e Seu Kupa. Trabalhavam até demais, o movimento era intenso, manipulados por ascensoristas experientes e conhecedores das broncas costumeiras. Tanto que nem havia mais assistência técnica autorizada, daí eles mesmos “quebravam o galho” nas horas de necessidade.

Não eram controlados por sistema algum, todavia pareciam ensinados. Era muito normal o subir e descer dessas resistentes engrenagens... Quase nunca falhavam, funcionavam em sintonia, e na hora em que Seu Kipa subia... seu Kupa...Bem, vou ficando por aqui.

Um abraço.

Em revisão.