*foto:http://vinoblok.blogspot.com/2010_03_01_archive.html
Ano de eleição, o “dotô” trabalha dobrado. Dá seu expediente (sic) no gabinete ou no plenário, mas viaja que é uma beleza, pois tem os compromissos com suas bases, seus correligionários, com amigos que o apóiam... não é a toa que se fez chefe político daquela região.
Ano de eleição é muito comum encontrar o “dotô” prestigiando festa de padroeira/o, batizados, casamentos, formaturas (às vezes é o paraninfo da turma!), inaugurando obras, lembrando sempre do esforço que foi aprovar “aquela” emenda no orçamento e o quanto luta por mais.
Ano de eleição, a campanha começa mal acaba o réveillon e todo final de semana o “dotô” percorre milhares de quilômetros visitando seu eleitorado, fazendo acordos, fazendo os cálculos de quanto vai lhe custar a campanha, renovando promessas.
Ano de eleição e o “dotô” redobra os cuidados e a atenção com o seu eleitorado. Se supera na verborragia, porém, neste ano de copa do mundo, adotou uma resposta na ponta da língua para todos os pedidos que lhe fazem: ”DEIXE PASSAR A COPA”!
Dona Luzia pediu umas quinhentas telhas para cobrir seu puxadinho: “- Deixe passar a copa, mulher!
Seu Manoel pede ajuda para comprar uns remédios: “-Se aperrei não homi, deixe passar a copa!”
Seu Onofre pediu ajuda para pagar seu IPTU: ”- meu cumpadi deixe prá depois da copa... aí o negócio vai esquentar...”
João e Nevinha queriam uma ajuda para concluir o enxoval do casório: - O que? casar agora? “Deixem passar a copa, meninos...”
Seu Manoel, dias depois, volta a pedir ajuda para os remédios: “- Mas Mané eu num te falei que deixe passar a copa, homi!
-Falô mesmo dotô... e o senhor foi convocado, foi?