O mata-sete
Dois amigos jogavam sinuca, assistidos por vários outros.
Lá pelas tantas, travaram violenta discussão e só não chegaram às vias de fato devido à enorme diferença física.
O franzino, nordestino esquentado, tentando intimidar o outro disse:
- Lá no nordeste, antes de vir para cá, nunca levei desaforo para casa. Ou na peixeira ou na bala, cheguei a matar sete.
Por isso saí de lá.
Se eu tivesse um revólver agora, eu JURO que te matava, seu safado.
Um dos amigos que assistiam ao entrevero, por ser policial, estava armado.
Retirou as balas e deu-a ao "matador" como colaboração para o cumprimento do JURAMENTO.
Para surpresa e gargalhada geral, ouviu-se do fanfarrão:
- Se eu não tivesse mulher e filhos para sustentar "tu era o oito", sujeito de sorte.
Karioko