Dia do Trabalho
(Quadras ao gosto de trabalhar – ou não!)

Trabalho cada um tem lá o seu
Uns árduos, outros são moleza
Parece que desde Prometeu
Trabalhar faz parte da natureza

Prometeu roubou o fogo divino, este astuto
A primeira e a maior de todas as rebeldias
Não tive nada ver com isso, mas eu labuto
Desde então por ano mais de duzentos dias

Prometeu foi então bem castigado
E Zeus deve ter ficado satisfeito
Mas nós ainda temos trabalhado
E o mundo ainda não ficou perfeito

Trabalho era para ser dignidade
E para o homem uma forma de perdão
Mas por onde se olha, é bem verdade
O trabalho parece mesmo maldição

Depois Adão e Eva naquele Jardim
Com aquela coisa de desobedecer
Outra vez (eu sei) sobrou para mim
Vou ter que trabalhar até morrer

A gente precisa do trabalho (mas não gosta)
E nem sabemos ao certo onde tudo começou
Seguimos com essa pergunta sem resposta
Coisa assim como o trabalho, quem inventou?

Eu também me pergunto e não consigo saber
Sei apenas que vou seguindo trabalhando
E sei entre tanta labuta e tão pouco lazer
Que quem inventou o trabalho está descansando...

Peço desculpas por esta pequena zombaria
E espero sinceramente que ninguém fique zangado
Mas não posso deixar de dizer o que um amigo dizia
Se trabalho fosse bom não precisava ser pago”


(Poesia On Line, em 01/05/2010)
 
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 01/05/2010
Reeditado em 08/08/2021
Código do texto: T2231490
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