CU-DE-CUTIA ASSOBIOU - MAIS UMA EM BABADÓPOLIS.
Como toda cidade interiorana que se preze, BABADÓPOLIS tinha, nos idos 70, sua casa de sinuca. Diferente de hoje, sinuca não entrava mulher, pois era jogo de homem, literalmente: buracos, bolas, tacos – seus equipamentos eminentemente masculinos, além dos jogadores.
Como a cidade não tinha maiores diversões, jogar sinuca era uma das preferidas para boa parte dos que vinham dos sítios e fazendas todo sábado, dia de feira livre na cidade. Nesse dia, já era costume o encontro dos jogadores da cidade com os dos sítios. Estabelecia-se uma verdadeira competição: pessoas apostavam no “taco” de fulano ou de beltrano. Entre uma jogada e outra, uma cerveja meio quente (geladeira não era como hoje) ou mesmo uma pinga sempre caia bem.
Certo sábado, um dos campeões de sinuca por nome de VADO, convicto de que ganhava todas, fez apostas vultosas, posto que subestimou seu adversário conhecido por BAIXINHO. Este, embora sendo bom jogador, não tinha fama para “deitar na cama” como seu concorrente. Mas quem o conhecia, apostou nele, contrariando VADO que não teve muita adesão de apostadores. No decorrer da disputa, VADO ganhou a primeira e começou a destilar vantagem.
Não contava ele com a perspicácia de BAIXINHO que ganhou a segunda e, na “negra”, foi vitorioso, ganhando a aposta. Os torcedores começaram a apostar mais ainda em BAIXINHO ao ponto de VADO ficar sozinho sem apostadores em seu taco. Percebia-se, nitidamente, que VADO não estava pra brincadeira – fichou a cara, tomou mais umas cachaças e seguiu o jogo na esperança de reverter o placar. O que BAIXINHO não sabia, era que o apelido de VADO era CUTIA. Quem o chamasse dessa forma era cacete na certa proveniente de um matuto de quase dois metros de altura e grosso que só papel de embrulhar prego.
No decorrer do jogo, VADO continuou perdendo e a platéia começou a incitar um contra o outro. Em dado momento, como que querendo “ganhar no grito”, VADO começou instigando BAIXINHO que, calmamente, continuava ganhando todas fazendo a linha “come quieto”. Incomodado com a calma do seu adversário, VADO começou a falar da mãe de BAIXINHO como que a querer desestabilizá-lo e ganhar as demais partidas. De repente, BAIXINHO quebra sua própria calma (não sabia do apelido de VADO) e, dedo em riste, revida: “se você continuar falando da minha mãe você vai ver CU DE CUTIA assobiar”! Pronto: o bafafá estava feito: com o taco na mão, VADO partiu para quebrar BAIXINHO ao meio. Os torcedores foram em cima e criou-se uma confusão tão grande que a polícia foi chamada para acabar com o cacete. Teve gente que saiu com a cabeça cheia de bordoada, outros com o olho roxo, mas baixinho, levou a melhor, pois acertou um chute nos “documentos” de VADO que ficou caído no chão do bar cheio de dores até a chegada da polícia. Como se diz em BABADÓPOLIS, “toda araruta tem seu dia de mingau”. VADO, do alto de seus quase dois metros, campeão de sinuca, foi batido por BAIXINHO – desconhecido, mas bom de taco. Fez VADO ver “cu de CUTIA assobiar”, literalmente. Coisas de BABADÓPOLIS.
Como toda cidade interiorana que se preze, BABADÓPOLIS tinha, nos idos 70, sua casa de sinuca. Diferente de hoje, sinuca não entrava mulher, pois era jogo de homem, literalmente: buracos, bolas, tacos – seus equipamentos eminentemente masculinos, além dos jogadores.
Como a cidade não tinha maiores diversões, jogar sinuca era uma das preferidas para boa parte dos que vinham dos sítios e fazendas todo sábado, dia de feira livre na cidade. Nesse dia, já era costume o encontro dos jogadores da cidade com os dos sítios. Estabelecia-se uma verdadeira competição: pessoas apostavam no “taco” de fulano ou de beltrano. Entre uma jogada e outra, uma cerveja meio quente (geladeira não era como hoje) ou mesmo uma pinga sempre caia bem.
Certo sábado, um dos campeões de sinuca por nome de VADO, convicto de que ganhava todas, fez apostas vultosas, posto que subestimou seu adversário conhecido por BAIXINHO. Este, embora sendo bom jogador, não tinha fama para “deitar na cama” como seu concorrente. Mas quem o conhecia, apostou nele, contrariando VADO que não teve muita adesão de apostadores. No decorrer da disputa, VADO ganhou a primeira e começou a destilar vantagem.
Não contava ele com a perspicácia de BAIXINHO que ganhou a segunda e, na “negra”, foi vitorioso, ganhando a aposta. Os torcedores começaram a apostar mais ainda em BAIXINHO ao ponto de VADO ficar sozinho sem apostadores em seu taco. Percebia-se, nitidamente, que VADO não estava pra brincadeira – fichou a cara, tomou mais umas cachaças e seguiu o jogo na esperança de reverter o placar. O que BAIXINHO não sabia, era que o apelido de VADO era CUTIA. Quem o chamasse dessa forma era cacete na certa proveniente de um matuto de quase dois metros de altura e grosso que só papel de embrulhar prego.
No decorrer do jogo, VADO continuou perdendo e a platéia começou a incitar um contra o outro. Em dado momento, como que querendo “ganhar no grito”, VADO começou instigando BAIXINHO que, calmamente, continuava ganhando todas fazendo a linha “come quieto”. Incomodado com a calma do seu adversário, VADO começou a falar da mãe de BAIXINHO como que a querer desestabilizá-lo e ganhar as demais partidas. De repente, BAIXINHO quebra sua própria calma (não sabia do apelido de VADO) e, dedo em riste, revida: “se você continuar falando da minha mãe você vai ver CU DE CUTIA assobiar”! Pronto: o bafafá estava feito: com o taco na mão, VADO partiu para quebrar BAIXINHO ao meio. Os torcedores foram em cima e criou-se uma confusão tão grande que a polícia foi chamada para acabar com o cacete. Teve gente que saiu com a cabeça cheia de bordoada, outros com o olho roxo, mas baixinho, levou a melhor, pois acertou um chute nos “documentos” de VADO que ficou caído no chão do bar cheio de dores até a chegada da polícia. Como se diz em BABADÓPOLIS, “toda araruta tem seu dia de mingau”. VADO, do alto de seus quase dois metros, campeão de sinuca, foi batido por BAIXINHO – desconhecido, mas bom de taco. Fez VADO ver “cu de CUTIA assobiar”, literalmente. Coisas de BABADÓPOLIS.