Pelos idos dos anos sessenta, na casa do chefe político de Patos, zona do sertão paraibano, história que faz parte do domínio público, um grande senador da oposição chegara apressado, a fim de participar de seu último comício público em busca de mais uma reeleição.

            Pois bem, gente saindo pelo ladrão, apinhada mesmo, todos queriam aparecer, e ai de quem não fosse visto pelo memorável líder. O povo do mato, naquela época, era solidário e ainda se podia acreditar na palavra de outrem, que muitas vezes tinha mais valor do que um documento assinado e com firma reconhecia em cartório.

            Logo na entrada, com aquela popularidade de sempre, foi de cara perguntando àquele correligionário, que por sinal estava de luto: -- Como vai o teu pai, meu caro, aquela grande reserva moral desta cidade? – Faz um ano amanhã que ele morreu doutor. – Como é a história... Morreu pra você que é um filho ingrato, porquanto ele permancece vivo aqui no meu coração... E saíram abraçados para o palanque.

 Com adaptações.