O ENCOSTO
Esse fato ocorreu há muito tempo, quando eu ainda lecionava.
Fui destacado para uma escola na periferia de Manaus. Ao entrar em sala de aula uma das alunas passou mal, teve uma espécie de pequena convulsão dando a impressão que iria vomitar. Encaminhei a jovem até a secretaria da escola, onde posteriormente ela se restabeleceu.
No intervalo das aulas, na sala dos professores comentei o fato com os demais mestres.Perguntei a eles se aquela situação com aquela aluna, já havia ocorrido durante a aula de algum deles.
Uma professora me informou que sim, e que, segundo ela, aquela aluna morava em um local onde antes funcionava um “terreiro de macumba” e que provavelmente aquele sintoma semelhante a um ataque de epilepsia que a aluna sofrera, seria na verdade a manifestação de um “encosto’.
Passado o fato a aluna sumiu, parecendo ter desistido de estudar. No entanto, por ocasião das festas juninas/julianas, períodos dos arraiais e brincadeiras de quadrilha no colégio, eis que a dita aluna aparece, com um enorme barrigão – grávida.
Sem perder tempo, fui até a professora que conhecia a aluna e falei:
Realmente professora, a senhora tinha razão, essa aluna tem um sério problema de “encosto”. Pelo tamanho da barriga, da pra se perceber que encostaram “ a vara” na menina............