A Carta, de Pero Vaz de Caminha no século XXI
A Carta, de Pero Vaz de Caminha no século XXI
Carta a El Rei D. Manuel, Dominus
Véio,
Já que sou o bão da boca desta bagaça, vou trocar uma idéia com tigo mano. Vou agilizar não vai dar nem troscentas páginas.
Na boa, aqui é muito irado, tem uma galera massa, ta cheio de brotinhos só de biquíni mostrando o popozão. Têm loiras, morenas, ruivas, de toda qualidade um verdadeiro paraíso, estou parecendo um gavião no meio das calcinhas. Aqui também tem uns camaradas medito a besta. São os boizinhos bombados f.d.p, dá vontade de ripar a mão na orelha deles. Quando cheguei ficaram tirando onda com minha cara, só por causa da minha beca. Fiquei no maior carão, mas depois coloquei uma sunga e fui zoar por ai.
Tem que ficar ligado porque aqui ta cheio de rato de praia querendo pegar os breguetes de quem fica boiando. Dei um toque num brôu pra ele dá uma olhada no meu barco. Falando em mão leve, pegaram um cara com a boca na botija, ele carregava dinheiro na cueca e queria dar o balão no povo.
Fraguei um lugar que é a verdadeira muvuca, eles servem cerva gelada, cachaça boa e um espetinho da hora. Só que não chapei o globo, porque depois tinha que pegar o barco. Pois aqui se beber e pilotar a casa cai, os homens de boné faz um b.o. Comecei a baruia uma mina muito gata, mas ela me mandou catar coquinho. Fiquei na minha até aparecer um dragão, credo e cruz, chuta que é macumba. Fora os cuecões de couro que tem pra todo lado. Tirando estas figuras, tem muito filé por aqui.
Na paz véio, se eu fosse você eu colava na banca. A parada aqui é muito doida e eu não quero dá linha, vou ficar aqui na maciota, bele. Vou ali bater uma larica, qualquer coisa vem ai pra nós tomar uma manguaça. E não esquenta a muringa comigo. Valeu
Beijo na bunda de Vossa Alteza.
Desta Brasil, hoje, sábado, primeiro de maio de 2010.
Perinho Vaz