Perguntas...

Sempre me fazem perguntas e eu procuro responder com a máxima sinceridade, como algumas que eu transcrevo abaixo.

_ Você é lésbica?

_ Até onde sei não. Respondo eu.

_ Como você pode falar de coisas tão sérias em forma de piada?

_ Procuro sempre a parte engraçada de tudo.

_ Você é casada?

_ Sim.

_ Você já traiu o seu marido?

_ Não.

_ Nem em pensamento?

_ Quando um pensamento menos digno me vem à mente dou-lhe uma surra de Evangelho, afinal de contas é preciso vigiar e orar sempre.

_ Você já foi cantada?

_ Sim, mas eu nunca percebi porque sou meio lerda.

_ Alguma vez percebeu?

_ Sim e corri para o banheiro para ver se a roupa que eu vestia estava passando alguma mensagem indevida.

_ Você é perua?

_ Não sei, porque hoje em dia tudo depende dos olhos de quem vê.

_ Como você pode se dizer espírita e fazer piada?

_ Por que espírita tem que chorar? Respondo essa sempre com uma pergunta pra ver se o outro resolve pensar sozinho.

_ Você fala da morte fazendo piada não acha isso desrespeitoso?

_ Falar de uma verdade inevitável é desrespeito; pensei que desrespeito fosse levar uma fortuna para casa e deixar a saúde pública um caos, mas talvez eu esteja desatualizada.

_ Defina morte pra você?

_ É uma bela moça que cedo ou tarde te apresenta o seu cartão de visita e diz sorrindo: “_Vamos!” E dependendo de sua situação você começa a espernear e dizer: “_Não! Por favor, mais um tempo!”

_ Você...?

_ Bem! Tem pergunta que sequer posso transcrever, mas para essa eu sempre sorrio.

Obs.: “Quem fala o que quer ouve o que não quer.” Diz o ditado popular, então quem escreve sempre tem que pensar que cada pergunta feita é uma consultoria gratuita, sejamos nós os escritores, portanto agradecidos aos nossos irmãos que nos questionam, pois a consultoria é cara e eles nos concedem de graça. Um abraço fraterno!