Engordar...
Ana engordou e odiou. Estava parecendo uma bola, que ia rolar na ribanceira. E durante uma festa ouviu o Artur dizer a um amigo que: “_Não namorava baleias!”
Ficou com o coração desolado, que rapaz atrevido, sem respeito, pensava ela.
Com o passar dos dias começou a olhar Artur e sentir pena, porque ela estava gordinha, mas ele estava sem alma.
_ Quem ama o corpo não ama nada, pois o corpo acaba, vira adubo pras plantas. Dizia Lucia.
Não demorou e ela começou a namorar um rapaz que a conhecia desde menina, que sempre a amará. Passado um tempo se casou e teve três filhos, emagreceu, virou uma gata, e hoje está lindona (apesar de nunca ter deixado de ser) com um marido lindo e ótimo.
Esses dias, ela encontrou Artur e foi preciso que Lucia a lembra-se de quem era, pois estava careca, barrigudo e muito envelhecido.
_ Não acredito é você Ana? Diz ele.
_ Sim! Sou eu.
_ Como vai?
_ Bem.
_ Está trabalhando?
_ Sim, eu trabalho aqui.
_ Aqui no shoping?
_ Não, a baleia é a dona! Disse Lucia para acabar com aquela conversa.
_ Me desculpe! Disse Artur que se lembrava de sua indelicadeza.
_ Tudo bem! Disse Ana e continuou.
_ Afinal de contas tudo muda, tchau!
Obs.: Estar gordinha não significa ser gordinha para sempre. E o corpo não é tudo! Pode perder uma mina de ouro nessa brincadeira! Há! Há!