As panelas eram tão pretinhas...
Nordestina, aportou em Cuiabá uma simpática e alegre jovem, maltratada pelo tempo, porém bela.
Trabalhadora, logo conseguiu emprego de doméstica na casa da ex-esposa de um juiz.
Na casa viviam só a mãe e o filho e agora a nossa simpática nordestina de nome Maria.
Na casa não se fazia comida e era difícil ter alguma louça, o serviço era puxado porque a casa era grande, mas Maria tirava tudo de letra e a patroa resolveu matricula-la num curso de alfabetização noturno.
Tudo corria tranqüilo até que um dia houve uma festa na casa e muitas panelas ficaram sujas sobre a pia. Maria acordou cedo, mas a patroa precisava sair então deixarão Maria com a incumbência de lavar as louças.
Quatro horas depois estavam de volta e estranharam Maria ainda estar na cozinha.
_ O que foi Maria? Perguntou a patroa.
_ Eu não sei como à senhora podia cozinhar nessas panelas tão pretas, mas eu limpei tudo, pode conferir. Disse Maria toda feliz.
A patroa soltou um grito desconsolado. As panelas estavam sobre a mesa, todas arriadas como espelhos. O filho correndo para ver o que ocorria e ao ver as panelas compreendeu tudo.
_ Não era sujeira Maria! Disse a patroa.
E o filho completou:
_ Era teflon!
Obs.: Maria não foi despedida, durante muitos anos aprontou das suas até aprender.