TEMPESTA
 
Amei-te tanto assim minha menina,
Do cerne da paixão, brotou o amor,
Deixou-me embriagado – em estupor,
Senti-me tão feliz – em novo clima...

E ali – à frente do computador,
O forte sentimento desatina,
Que da razão – eu vi – passou acima,
 E foi-se o equilíbro – foi o pudor...
 
E vi-me como um adolescente,
E tudo colorido derrepente;
Pois tudo era alegria – uma festa...
 
E tudo esvaneceu-se desde então;
Foi brisa chuvarenta de verão,
Restaram só destroços da tempesta...
 
 
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Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 29/01/2010
Código do texto: T2058037
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