Rex - um cachorro
Garboso, charmoso, bonito , Rex estava em todas.
Um figura e tanto. Figurinha fácil ? Nem tanto.
Festas, encontros de todos os lados e lá ia ele dando o ar da graça com aquele jeito de querer não querendo.
Corrente grossa no pescoço, ouro 18 , mesmo depois
de psiquiatras garantirem que estes acessórios masculinos
possam indicar 'personalidade duvidosa'.
Terapeutas desaprovam para relacionamentos
- de negócios a amorosos- machos que usem apetrechos pendurados sejam onde for. Pulseiras e afins .
Mas Rex era independente.
Independente de psiquiatras, psicólogos, de lar, de família, de instituições tradicionais e o cacête.
Ele era charmoso , gostoso e cativante ... mesmo tendo
personalidade duvidosa.
Aliás, este era um atributo e não um defeito.
E entre muitas festas e danças - de boleros a rock pauleira - num desdobrar de passos curtos e apertados para a ninguém magoar , alguns tropeços enroscados e
papos atravessados...ossos bem roídos e
algumas carnes mal passadas , Rex foi se cansando.
Enganou , judiou, amou, sofreu e ajudou...
degustou , amou , retrocedeu... brigou,
enganou ,perdoou , amou e... se esgotou!!!
Ossos à parte jogados em cantos esquecidos ,
hoje , Rex ainda é visto aqui e ali entre uma ração e
outra nos pet shops da vida. Será que mudou de dieta?
A corrente ainda é grossa e luminosa.
Acrescentou agora um brinco de diamante.
E anda pensando em colocar argola de ouro no
dedo médio da mão esquerda.
Enquanto isso levanto uma forte dúvida sobre as teorias
desses psiquiatras que vivem inventando moda.
Os tempos são outros , a moda idem ! Tudo muda.
Terapeutas que se danem .
Eu acredito no Rex !!!