O PODER INDUTOR DO VOTO


Um jovem ao completar seu 16.º aniversário decidiu tirar o seu título de eleitor e antes de se dirigir para o local onde realizaria sua primeira votação fez questão de exibi-lo para alguns jovens de sua comunidade com idade inferior à sua, dizendo:

- Agora eu posso escolher o meu representante de governo da forma que eu quiser. E vocês, até quando irão esperar por esse momento?

Um dos garotos ali presentes, que parecia um pouco alheio a essa questão cívica de algum dia ter de escolher alguém para ser seu representante de governo, perguntou:

- Quem é esse representante de governo que você irá escolher? De onde você o conhece?

“Marinheiro de primeira viagem” nessa questão de cumprir com o dever cívico dando o seu voto, no mínimo, ele precisava dar uma resposta à altura do seu conhecimento político para aquele seu colega e disparou:

- Na verdade eu não o conheço direito, sequer sei de onde ele veio, mas o que mais me chamou à atenção em relação a ele foi o seu modo convincente de pedir voto para os seus eleitores. Meu pai também pensa assim...

- Você tem lá suas razões para essa escolha, mas o que nós iremos ganhar com isso? – quis saber, novamente, o garoto questionador.

- O que nós iremos ganhar com isso eu ainda não sei. Por enquanto, o que sei é que se esse candidato for eleito meu pai continuará empregado por mais um período de quatro anos. E é somente isso o que sei. Por favor, não me pergunte mais nada – finalizou.