Ivo Phrancis com problema nasal em sua juventude em fazenda do interior, em Minas Gerais



O seminarista Ivo Phrancis,  caminhava pelo pasto de uma fazenda, com sua prima de 17 anos,  no Interior de Minas, até que viram um cavalo transando com uma égua, e a prima logo perguntou:

Primo Ivo,  o que é  aquilo ?-



- Eles tão acasalando, sô! A égua tá no cio, o cavalo percebeu isso e tá mandando brasa!!!


- Mas como é que o cavalo sabe que el tá no cio, primo Ivo?



- Priminha, é que o cavalo sente o cheiro da égua no cio, sô!



Passaram mais adiante, e tinha um bode transando com uma cabra , e a prima perguntou de novo, e o primo deu a mesma resposta.

 Mais na frente, lá estava um boi pegando uma vaca, e ela tornou a perguntar, e ele deu a mesma resposta:
 o boi também sentia o cheiro da vaca no cio.
Foi aí que a prima do Ivo perguntou:



- Ô primo Ivo, se eu preguntá uma coisa pr´ocê, ocê jura que num vai ficá chatiado?



- Craro que não, prima! Ocê pode preguntá!



- OCÊ, Ivinho,  TÁ COM O NARIZ INTUPIDO?

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Esta história foi contada no CONESB, em 2009, em Belo Horizonte.


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ivophrancis: laercio beckhauser: uai? uai!
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Ivo Phrancisô cumpádi! é mêsssmi! mas´eu nasci aqui, sô! sô minêru! num´tinh´ôtro jeitu d...
18:14 (0 minutos atrás)
Ivo PhrancisCarregando...18:14 (0 minutos atrás)
 Responder |Ivo Phrancis para mim
mostrar detalhes 18:14 (0 minutos atrás)

ô cumpádi!

é mêsssmi!
 
mas´eu nasci aqui, sô! sô minêru! num´tinh´ôtro jeitu de falá!

desdi´piquinim cô´fal´assim.

Quanu´morei in Sum Paulu, us cara lá mi gozava´ssim:

cê é di BelZontchii?

depois di´um temp´eu´cabei falanu qui nem êlis: Ô MÊU! ÔRAA MÊU! CACÊTE i etc.

num tem iscola di´minêrês, u trem é a convivença, ´prendê falá erradu! cumê as vogais di´fim´di´frasii! cumê us´erri dus verbu nu´infinitchivu! a letra ó nãum ixisti in fim di´palavra, todu ó vira ú!
i pur´aí vai!...
Pra lhe dizer a verdade, mesmo nascido mineiro, ô povinho que fala feio!!!
 
Às vezes eu acompanho algumas entrevistas na TV e os tímpanos doem.
A fala mineira charmosa é aquela do povo do campo, dos antigos contadores de historias, da gente simples das fazendas e vilas.

Quanto a culinaria, esta realmente não posso negar que é muito boa, um tempero proprio da terra, sem sofisticação, na base do milho, mandioca e seus derivados, da galinha caipira e do porco criado em casa como animal de estimação, tipo os "capados" engordados para o Natal.

A nossa culinaria é uma forte mistura das culturas europeias, indígenas e africanas, este o verdadeiro tempero dos pratos, pois cada um com seus hábitos e conhecimentos foi ensinando e aprendendo com o outro, pois nas lonjuras coloniais não dava para esperar que bombocados viessem da corte, era da mata e das pequenas criações que tinham de sobreviver, principalmente os garimpeiros bandeirantes.

Mais tarde vieram os tropeiros, meu bisavô paterno e avô materno foram uns deles, que depois de levarem o gado para o Rio de Janeiro, voltavam de lá com mantimentos mais sofisticados, coisas de luxo, e assim terminaram por fundir mais hábitos gastronômicos com o que traziam, inclusive com literaturas.

Agora, vocês do Sul, não falam, cantam!

E isto é fantástico.

Pronunciam as palavras por inteiro.

Creio que se trate de um fenômeno de adaptação das familias imigrantes, que além de manterem suas tradições culturais e linguísticas, vieram pra ficar e não apenas para extrair o que a terra poderia oferecer e depois retornarem para suas origens "carregados de ouro e pedras".
 
Nesse esforço de adaptação, aprender e falar corretamente o idioma oficial, cuja resistencia é impressionante, vez que estão tão perto das fronteiras "espanholas".

Fico com inveja!!!!


Ivo.
Quanto a Minas Gerais, por séculos foi apenas um "estado de passagem", quase um "estado dormitorio