FULGENCIO E A SOGRA! (Mudei o nome do persoinagem, a pedidos)
Fulgencio cara legal!
Não faz sofrer a ninguém.
Faz rir quem se sente mal.
Seca choro de nenem!
Outro dia viu a sogra
Paquerando um rapaz.
Correu, o salvou da ogra,
Antes dele dizer: "Mas..."
Ao ve-la enraivecida
Pela sua interferência,
Disse: "Salvei sua vida,
Pois ele tem impotência!"
Ela não se amofinou,
Ainda o genro beijou.
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O jóvem sem entender,
Deu-lhe a mão a agradecer:
"Obrigado meu amigo,
Estava de 'saia justa'
Só olhando pro umbigo,
E ela só me assusta".
"Já estou acostumado
Ao meu sogro ajudei,
Pois nunca ví tão "galhado',
Achar que era um bom rei",
Responde o genro bom,
Que sempre quebrou o 'galho'
Da velha com seu batom,
À procura de um paspalho.
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Graças a Deus a esposa
Não tinha este defeito,
Trabalhava firmemente
Sozinha com o Prefeito.
Que era o mais honesto
Que este país já viu,
Nunca fizera incesto
Nem roubara um 'tisiu'.
Mas um dia coitadinho
Ficou sem auxiliar.
Pois gripando no caminho;
Manda sua mãe ajudar.
A velha vai bem bonita
Jogar o laço, catita.
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Ao ve-la muito disposta,
No desempenho aposta.
Mas eis que a velha matreira,
Se senta no 'vis-à-vis',
Mostrando suas perneiras
Que encobrem a variz.
Sendo de boa textura,
Chamam a atenção do Edil.
Vendo o olho 'à procura',
Se alegra e pede: "Mil"!
O prefeito sai gritando
O Fulgencio pelo nome.
Vai correndo, suspirando,
Pra salvar o pobre homem.
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Acostumado aos arroubos
Da sogrinha mui safada,
O Fulgêncio joga a água,
Na fervura desandada.
"Não se assuste Seu Prefeito
O que ela lhe contou,
Foi que gastou 'mil' com jeito,
Na perneira que comprou".
O Edil desconcertado,
Se ajoelha em desculpa,
E ela num requebrado,
Diz: "Não sofra, mea-culpa".
E desiste do trabalho,
Chamando-o de paspalho.
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Com a passagem do tempo,
O Fulgêncio enrugou.
Por enfrentar contra-tempo,
Que a velha sogra criou.
Afinal um belo dia,
A velha se capotou.
No Velório, de bengala
Fulgêncio desabafou:
"Vá com sorte pras profundas,
Corromper o Belzebú.
Reveja as oriundas
Raízes do seu rebú".
Mas cai de costas ao chão
Pois praga, mata ancião.
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Tenta no céu uma brecha,
Mas o Porteiro negou:
"Fechando seus olhos,pecha
Única, voce ditou!"
"Caminha, busca lugar,
Onde melhor for abrigo!"
Fulgêncio põe-se a chorar
E o além vai consigo.
Roda, vira cabisbaixo,
Tratando se consolar.
Eis que ao olhar pra baixo,
Ouve alguém a lhe gritar:
"Corre meu genro querido:
Aqui não acho partido!"
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