Belo lusitano.

Um belo lusitano, pra não dizer um português burro, que é muito feio, recém chegado de Portugal, arrumou um emprego na construção civil... Ah gazão!...

No seu primeiro pagamento, gastou o inteirinho num belo relógio... No mercado paralelo, mas não deixava de ser belo relógio.

O tempo foi passando e ele se orgulhava muito daquele caro, paraguaio relógio, que não tirava do pulso nem na hora do trabalho, que pela sua função (servente), era muito arriscado.

O prédio que ajudara a construir, foi crescendo, crescendo, subindo, subindo e ele admirado com aquilo, não entendia o porquê não caia, nem se inclinava.

Certo dia, já trabalhava no décimo terceiro andar e a pulseira do relógio se abriu, e o mesmo se despencou la de cima.

Mais que depressa, começou a descer as escadarias do prédio, já que o mesmo, ainda em construção, não havia elevadores.

Seu encarregado imediato, vendo que abandonara o seu posto, foi logo lhe perguntando:

- Mané, onde você vai nessa correria toda, o expediente ainda não acabou?

Imediatamente, com todo respeito ao chefe, ele respondeu:

- Estou a ir buscar o meu relógio que caiu la de cima, antes que se arrebente todo, la em baixo ora pois.

O encarregado então lhe disse com voz autoritária e coerente a situação:

- Larga de ser bobo, não vê que da altura que caiu, ele já se esborrachou há muito tempo la no chão?

Então ele respondeu:

De certo que não, chefia, pois ele estava dez minutos atrasado.

Sartorato
Enviado por Sartorato em 21/11/2009
Reeditado em 21/11/2009
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