A Procissão
Esta é em parceria com o cumpádi Lucas Durand de Beorzonti (Bração procê, Cumpádi)
Numa cidade do interior, na hora de sair a procissão pela rua carregando a imagem da santa padroeira, faltou os quatro homens fortes que carregariam o andor.
Considerando que já estava na hora da procissão sair, o padre correu num buteco do outro lado da rua com o objetivo de encontrar quatro homens para quebrar o galho.
Viu quatro homens fortes, mas eles já estavam um tanto quanto mamados. Estavam bebendo ali já há um bom tempo. Mesmo assim o padre solicitou a ajuda deles.
Disse a eles: - Olhe, quebrem este galho em nome da santa e da cidade, vocês são bem fortes. E é somente carregar o andor devagarzinho, não vai haver problemas e tá na hora da procissão sair.
Mediante a concordância dos quatro, o padre os instruiu:
- Eu vou esperar na porta da igreja, vocês vão até a sacristia e pegam o andor e saem pela porta da frente da igreja e começamos a procissão, certo?
- Ceeerto, hic... Falou o mais sóbrio deles...
E assim foi feito e a procissão começou a andar.
Neste instante o padre olhou para trás e viu que eles carregavam o andor ao contrário, a santa “andava” de costas. O padre, aproveitando aquele murmúrio das orações virou e disse:
- Vira a Santa...
E o quatro bêbados gritaram a todos pulmões: - Vivaaaaa!!!
- Vira a Santa. Repetiu o padre.
- Vivaaaaaaa!!! Gritavam os bêbados e o resto do povo repetia.
O padre perdeu a paciência depois de gritar umas cinco vezes, gritou abrindo os braços já puto da vida:
- Vira a Santa... ô disgraça!!!
E os bêdados, desta vez: - Vivaaaaa Nossinhora das Graças!!!
E o povão repetia.....