Uma traducêichon do adonirês pro ingrêis

Há muitos anos, num churrasco em que compareceu um inglês, amigo do pai de um dos meus amigos presentes e que, cansado de nos ouvir chacatungar os indefectíveis rocks no violão, nos pediu pra tocarmos e cantarmos uma típica música brasileira... nós, numa irresistível molecagem, mandamos essa, com pronunciêichon e tudo:

Trein das eléven*

Ai quenóti istêi ria

enimór a mêneti uídiúúú

Ai fiu mãtchi, lóvi

bãti quentchubiííí

Ai lívi in Jaçanã

Ifai lúsi dis trein

Qui gou agora éti ônzi oclóqui

ônli tchumórou in de môrningui

I além díssu, uúmã

révi anóder tíngui

mai móder dônti islípi

enquanto ai dônti cããããmmm

Ai emm di ônli san

Ai révi mai ráusi for tchu lúqui

Ai quenóti istêi ria...

Quando terminamos, o coitado do inglês perguntou em que língua nós estávamos cantando... Aí a gente explicou a brincadeira e, em seguida, cantou a versão original.

E essa traducêichon virou hit nas reuniões violeiras da rapaziada.

As palavras não "traduzidas" são pra garantir a métrica da letra na melodia. E os erros do ingrêis são avacalhêichon pura.

Adoniran teria perdoado alegremente essa nossa molecagem, não tenho dúvida.

:)

* Trem das onze

(Adoniran Barbosa)

Não posso ficar

nem mais um minuto com você.

Sinto muito, amor,

mas não pode ser.

Moro em Jaçanã.

Se eu perder esse trem

Que sai agora às onze horas,

só amanhã de manhã.

E além disso, mulher,

tem outra coisa,

minha mãe não dorme

enquanto eu não chegar.

Sou filho único.

Tenho minha casa pra olhar.

Eu não posso ficar...

Maria Iaci
Enviado por Maria Iaci em 26/10/2009
Reeditado em 28/10/2009
Código do texto: T1888216
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