Coisas que “abundam”

Não posso reclamar do comportamento dos machos de plantão nos trens, ônibus e metrôs da cidade de São Paulo. Só sei que me transformo em “S” quando me deparo com esses meios de transporte abarrotados... Sim, minha coluna vai pro espaço, mas é melhor preservar a integridade do meu traseiro do que ser vítima de uma famosa e mal quista encoxada...

As vezes vejo que o infeliz não tem culpa devido ao exagerado tamanho da minha retaguarda. A culpa é da genética!

Não há ginástica, dieta ou esporte que resolva esse problema, digamos, enorme. E na faca eu não entro, nem pensar!

E se eu quero espaço, conforto e privacidade, eu que compre um carro, não é verdade? Pois é...Mas isso ainda está longe de ocorrer, afinal a buzanfa é grande, mas o bolso não é proporcional a ela...

Mas voltando aos nossos queridos meios de transporte... Lá estou eu dentro de um ônibus relativamente lotado – com mínimas possibilidades de locomoção – quando, de repente sinto que havia alguém atrás de mim, se aproximando, se aproximando... Eu virava a buzanfa para um lado e lá vinha o ser atrás de mim... Virava a buzanfa para o outro lado e o sujeito ía também... Só sei que ficamos nessa dancinha por um bom tempo, até eu conseguir dar um passo ao lado, pois alguém finalmente tinha descido do busão, e minha retaguarda estava salva.

Não sei quais eram as intenções daquele ser, mas não posso culpá-lo 100%, porque afinal eu ocupo um espaço a mais com meu conteúdo traseiro, da mesma forma que alguns moleques folgados ocupam espaço com suas mochilas nas costas. A diferença é que eles podem tirar a mochila das costas e segurá-las na frente, de forma a não atrapalhar os demais. Já eu não posso tirar minha “abundância” do meio do caminho...

Mas é extremamente estressante passar por esse tipo de situação, ainda mais porque a gente sabe que a grande maioria dos homens aproveitam para tirar uma casquinha... Isso quando não fazem de propósito, mas aí já nem quero julgar. Prefiro ficar na minha, dando minhas cotoveladas de sempre e desviando meu patrimônio dos “instrumentos” alheios...

Elaine Thrash – 15/10/2009

Elaine Thrash
Enviado por Elaine Thrash em 22/10/2009
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