COISAS DA IDADE

Foi me imposto um termo!

E eu de idade, já meio passada,

Imediatamente o aceitei.

Mas agora, que pena,

Acabou-se o meu dinheiro

E com ele o seu amor, que desde o inicio

Com ênfase me jurou

Que nasceu espontâneo em seu coração

E por isto mesmo, ser puro e verdadeiro.

Esta certo, sempre é assim,

Quando a grana começa a encurtar,

E hoje suas festa e seus belos carros

Já não posso mais patrocinar.

Findou-se o desejo e o seu riso farto

E vives na rua outro otario a procurar.

Uma simples palavra

Já não queres me direcionar,

Sem o luxo, sem sua vida colorida

Cerra os olhos e diz me detestar

Gritando que não podes viver sem um cartão

Para as amigas impressionar,

E desde modo a porta de outro banco

Se achares aberta você vai entrar,

Deixando para trás o seu sonho, que já não posso sustentar!

Mas por mais que agora me desdenhes

Em noites intermináveis, em seu lindo corpo,

Particularmente, amanheci a festejar

E isto daqui a mil anos quero ver você negar.

Mas o que vai lhe deixar estarrecida

Pois você não sabe, que a minha maior fortuna

Foi conscientemente escondida de você

E sei que quando isto suspeitar

Para mim e ao seu luxo quererás voltar.

Então será tarde, minha ambiciosa querida

Provavelmente estará ocupado o seu lugar

Pois certamente aparecerá outra, que dentro do possível

Amor eterno, venha me jurar.

E eu que não sei viver sozinho, preciso me acarinhar,

Mesmo já estando mais pra lá, irei outra vez aceitar

E será uma outra, que talvez, avidamente

Estará também a me depenar.

Elio Moreira
Enviado por Elio Moreira em 13/10/2009
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