COISAS DA IDADE
Foi me imposto um termo!
E eu de idade, já meio passada,
Imediatamente o aceitei.
Mas agora, que pena,
Acabou-se o meu dinheiro
E com ele o seu amor, que desde o inicio
Com ênfase me jurou
Que nasceu espontâneo em seu coração
E por isto mesmo, ser puro e verdadeiro.
Esta certo, sempre é assim,
Quando a grana começa a encurtar,
E hoje suas festa e seus belos carros
Já não posso mais patrocinar.
Findou-se o desejo e o seu riso farto
E vives na rua outro otario a procurar.
Uma simples palavra
Já não queres me direcionar,
Sem o luxo, sem sua vida colorida
Cerra os olhos e diz me detestar
Gritando que não podes viver sem um cartão
Para as amigas impressionar,
E desde modo a porta de outro banco
Se achares aberta você vai entrar,
Deixando para trás o seu sonho, que já não posso sustentar!
Mas por mais que agora me desdenhes
Em noites intermináveis, em seu lindo corpo,
Particularmente, amanheci a festejar
E isto daqui a mil anos quero ver você negar.
Mas o que vai lhe deixar estarrecida
Pois você não sabe, que a minha maior fortuna
Foi conscientemente escondida de você
E sei que quando isto suspeitar
Para mim e ao seu luxo quererás voltar.
Então será tarde, minha ambiciosa querida
Provavelmente estará ocupado o seu lugar
Pois certamente aparecerá outra, que dentro do possível
Amor eterno, venha me jurar.
E eu que não sei viver sozinho, preciso me acarinhar,
Mesmo já estando mais pra lá, irei outra vez aceitar
E será uma outra, que talvez, avidamente
Estará também a me depenar.