AURORA DA MINHA VIDA, de Naum Alves de Souza

Aurora da Minha Vida

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O N.A.C., Núcleo de Artes Cênicas da Fundec, apresenta nesta sexta e sábado mais um espetáculo de seus alunos. A encenação desta vez -é voltada para o universo da memória e reminiscências de uma época.

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O texto não podia ser outro: Aurora da Minha Vida de Naum Alves de Souza. O espetáculo começa com um visitante, que vem rever a escola de sua infância.

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Falando explicitamente sobre a escola primária e secundária no Brasil, seu folclore, seu cotidiano, seus programas e seus relacionamentos humanos, Naum Alves de Souza escreveu uma contundente crítica sobre a sociedade brasileira. Porque, neste espetáculo, a sala de aula é um microcosmo da realidade que está fora dos muros da escola, reproduzindo o mesmo sistema hierárquico, as mesmas restrições, as mesmas discriminações, os mesmos preconceitos. Ninguém na peça tem nome próprio. A hierarquia escolar é designada pelas suas funções: Diretor, Padre, Professora de Inglês, Professor de Desenho, etc. Os alunos são designados por adjetivos: a Adiantada, o Quieto, o Órfão, a Gorda, o Puxa-saco, as Gêmeas e o Bobo. Ou seja, estamos diante de tipos, mais do que de pessoas reais. Mas as personagens acabam adquirindo, aos poucos, contornos psicológicos que as individualizam.

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A Aurora da Minha Vida é uma obra maldosa, cruel, mas envolvida numa capa de poesia criada pelo humor muito singular de Naum e sobretudo, pelo ângulo saudoso através do qual ele enfoca o seu – o nosso – passado.

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Sobre Aurora, assim a qualifica o crítico da revista IstoÉ: "São velhos costumes, convenções, cacoetes, modos de pensar e agir que vêm de nossos avós e que o descuido oficial não permitiu mudar. Os personagens, arquétipos, revelam tipos comuns nas salas de aula de todos os tempos e os condicionamentos que justificam sua conduta. A ação, disposta em cenas que lembram quadros, vai despertando no espectador a lembrança de fatos muito vistos e vividos e acumulando impressões, conclusões, associações de idéias que remetem à ternura das coisas familiares. Um teatro aparentemente impressionista, mas que na verdade representa uma colocação crítica do muito velho frente ao novo, ou seja, perante uma platéia que vive outros padrões, mas não deixa de se comover diante da vivência um dia experimentada".

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A montagem é dirigida por Mario Pérsico e conta com a participação dos seguintes atores: Adacel Alberto da Silva Araújo, Alexandre Luiz Meiken Monteiro, Aparecida Pereira Santos, Bárbara Andréia da Silva, Bruno de Camargo Lopes, Caio Henrique Solla, André Felipe S. Herrera, Carmem Lopes Jodar, Camila Fogaça, Camila de Campos Lemes, Jéssica Toffoli, Lucas Nogueira, Marli Fachete, Rafael Dutra, Marilda Corrêa, Diana J. R. de Oliveira, Luiz Fernando Toledo Antunes, Mariana Carolina Lima de Souza e Carlos de Almeida.

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O espetáculo será apresentado nos dias 02/10 (sexta-feira) e 03/10 (sábado), às 20h, na Sala FUNDEC, à Rua Brigadeiro Tobias, 73, Centro, entrada franca. A Sala FUNDEC conta com 235 lugares. Os ingressos (02 convites por pessoa) deverão ser retirados na sede da FUNDEC, a partir das 19 horas.

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Os ingressos (02 convites por pessoa) deverão ser retirados na recepção da FUNDEC, a partir das 19 horas. Entrada Franca.

Mais informações poderão ser obtidas através do telefone (15) 3233.2220, ou do e-mail: eventos@fundecsorocaba.com.br.

Douglas Lara
Enviado por Douglas Lara em 30/09/2009
Código do texto: T1840368