CADEIRA DESCADEIRADA

CADEIRA DESCADEIRA

Hoje estava eu aqui frente ao computador criando mais um texto.

Chegaram Sophia, Pyetra e Danielli minhas netas e cismaram de querer brincar com minha cadeira. É essas de rodinhas confortável e onde passo metade do meu dia escrevendo.

Não criei caso, afinal são crianças e logo enjoariam e eu poderia então continuar meu trabalho.

Primeiro sentou Danielli, deu umas três rodopiadas e saiu, afinal ela já tem dez anos e a cadeira já não tem tanta graça.

Depois foi a vez de Pyetra que ficou de joelhos e rodou bravamente com a ajuda de Danielli. Pyetra saiu tontinha e até caiu. Eu ri...que pecado, mas foi tão engraçado. Ela foi caindo de lado como uma jaca podre rsssssss. Depois do tombo ela desistiu...que pena!

Finalmente a vez de Sophia e eu já perdendo a paciência...Afinal uma escritora não pode parar no meio de uma poesia, esqueço tudo rapidamente. Eu crio no teclado e não tem rascunho nem na cabeça...Cada louco com sua mania.

Sophia sentou-se confortavelmente, pediu até travesseiro...Apontando para eles pois não sabe falar ainda. Pediu cobertor e um paninho para cheirar.

Eu já estava louca, estava tentando teclar algo de pé mesmo, havia em meu quarto mais uma cadeira que Pyetra providenciou. Mas eu queria a minha e não aquela dura e fria.

Pyetra foi rodando Sophia e essa pegou no sono....Ai que bom, finalmente a cadeira voltaria para sua merecida dona.

Thaís mãe de Sophia foi retirá-la para colocar na cama e quando a neném percebeu que iam tirá-la daquela delicia de cadeira, buaaaaaa! Começou a chorar e foi novamente colocada.

A safadinha voltou a dormir até que tentei tirá-la novamente e...buaaaaa! e assim foi umas dez vezes.

Enfezei-me e falei....- podem sumir todos daqui. Este é meu quarto e quero escrever em paz.

Vão tudo pro diabo que os carregue.

CORRERAM TODOS. SABIAM QUE O BICHO ÍA PEGAR. NUNCA PERCO A CABEÇA MAS POXA...

Tranquei a porta do quarto e pensei olhando para meu PC, enfim sos.

Sentei em minha confortável cadeira, rodei, espreguicei, estalei os dedos e....

Onde estava mesmo? O que eu queria fazer?

Gritei com todos, que raiva! havia esquecido tudo. E falei.

- Não me dou por vencida, vou rodar na cadeira a tarde toda. E vocês nem aqui vão entrar ouviram?

Cambada de destruidores das poesias alheias.

E assim fiz rodei, rodei, rodei, rodei... até que de repente....

A cadeira desequilibrou-se e voei para o outro lado do quarto.

Foi um barulho infernal ai...ui... e agora ouço lá de fora minhas netinhas perguntarem

- Vovóooooo você caiu??? Ouço uns sorrisos baixinhos também.

Pois enquanto não me recompor não abrirei... ai.... puta merda... não abrirei.

ELISABETHDOVITAL
Enviado por ELISABETHDOVITAL em 24/09/2009
Reeditado em 25/09/2009
Código do texto: T1828739
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