PROSA DE CUMPADRES

Na praça da cidade dois amigos e compadres entre si confabulam:

- Cumpadre Juca, óia, ocê, num é que tá uma bagunça só esse

negócio de se tê uma religião?

- Pois é, cumpadre Zé, num dá pra se entendê mais nada memo,

Pois a cada passo se inargura uma ingreja por aí, sô, e, num é que,

vi dizê que existe as ingreja evangélica e as ingreja sexélica, cumpadre?

- Num me diga cumpadre Zé, mais como? Mi exprica isso?

Pois é bem assim, cumpadre Juca, tem as ingreja que falam do amor de DEUS, certo? E tem as ingreja que falam do amor dos home.

- Mais como assim? Cumpadre Zé, tô curioso em sabê quar é mió.

Bem, cumpadre Juca, as ingreja evangélica são as evangélica que todo mundo conhece, e as ingreja sexélica são os bar de muié, ou ZONA, como se conhece, e se tem evangélico como se tem sexélico

que são fier no seu cumpromisso assumido, e digo a ocê, cumpadre,

muitas das veis, elas tão junta, assim, uma do lado da otra, ou uma de um lado da rua e otra do otro lado.

- Pois é cumpadre juca, um tipo de ingreja diz que o amor é bom

e se deve tê amor com uns e otro, já o otro tipo de ingreja faz o amor acontecê com uns e otras, né, cumpadre.

- é bem assim, cumpadre Zé, umas ingreja anunciam o amor e otras fazem o amor acontecê, EH, EH, EH, cumpadre/...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 15/09/2009
Código do texto: T1811316
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