MILAGRE NO PET SHOP

Resolvi levar Mickey, Minnye, Chyquinho, Francysquinho, Huguyto, Evyto e Luyzito ao Pet Shop. Todos com ypsilone...

Como morador da metrópole, não é a lenda que diz, tenho direito a sete ratos.

Resolvi pegar logo uns pequeninos para não sobrarem para mim o sustento de ratazanas da região central da cidade que assustariam o angorá da vizinha.

Queria ver se havia algum tratamento que transformasse os meus “ratus ratus” pardos em branquelos hamsters.

Se o Michael conseguia porque não tentar com a família?

Todos devidamente engaiolados e escondidos para não causar nenhum tumulto na sala de espera.

Cochichei à atendente o problema e mandou-me que esperasse, pois iria entrar em contacto com o veterinário especializado no problema.

Fingi que acreditei e fiquei lendo revistas.

Tinha a Focinhos, Good Forms Cats Girls, Hot Dogs, X Rabbits...

Fui folheando até que não pude deixar de ouvir a conversa que se travava sobre cães.

Uma balzaquiana, dona de um cão, estava indignada e queria saber como ensinar ao seu canídeo o ditado “cachorro que late não morde”. O seu Yorkshire latia muito e destruía todas suas pantufas. Da balzaquiana.

Uma jovem tentava consolá-la. Estava com o braço enfaixado vitimada por uma mordida de seu rottweiller, que entendeu que cachorro que não late tinha obrigatoriamente que morder.

O rottweiller, nem aí, paquerava uma poodle que estava se encostando na minha perna.

Acho que estava sentindo o cheiro do queijinho de Mickey et family...

Ainda bem que não havia nenhum gato nas redondezas.

Ai! Meu são Chiquinho de Assis, valei-me.

Falei no diabo, escutei o miado.

Gato não tem quem segure.

Ainda mais se está prestes a tomar um banho e fazer uma poda.

Alvoroço no pedaço.

Segura peão!

Miloca, nome da gata sem ypsilone, devia ter sentido o cheiro de Minnye e começou a rondar minha gaiolinha.

A poodle se invocou com a agitação da gata e ficou ouriçada.

O Rottweiler enciumou-se, talvez pensando que na gaiola houvesse um pequinês que se engraçara com a poodle que ele paquerava e rosnou.

A Yorkshire começou a latir.

Quem faz esse “canis domesticus” parar?

Resolvi me cuidar e a meus “ratus ratus”.

Peguei a gaiolinha e me mandei.

Todos a salvo, conferi meus animaizinhos.

Miraculo! Miraculo!

Os meus ratinhos estavam branquinhos, branquinhos.

Pareciam white hamster-twister (camundongos).

O medo os transformou.

O chato é que quando conto essa história, ninguém acredita.

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 30/08/2009
Reeditado em 30/08/2009
Código do texto: T1782823
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