EM DEFESA DO PÃO!
Sábado de sol e o paulistano começou bem cedinho sua rotina de fim de semana.
Um dos "points" imperdíveis num dia lindo como esse é visitar os parques da cidade, a apreciar a natureza aproveitando para se respirar um ar mais puro durante uma caminhada.
Maravilha.
Ninguém por aqui diz que ainda estamos no inverno.
As árvores da cidade e dos parques já pipocam cores várias pelo céu, e a festa das cores sempre é um espetáculo aos olhos.
E foi assim que também aproveitei para observar a festa da natureza.
Sempre que vou àquele parque, sento um pouquinho ao derredor do lago, porque lá aprecio as carpas , as tartarugas que logo cedinho emergem seus cascos para o banho de sol, os cisnes, as garças , os patos, os cantantes bem- te- vis e sabiás ao derredor.
As crianças menores sentam no murinho de pedras construído em volta do lago e de lá de cima, sempre amparadas pelos pais ou pelas babás, jogam pedacinhos de pão para atrair as navegantes aves.
Eu até tiro proveito do pão, porque é nessa hora que os cisnes e os patos se aproximam para as minhas fotos do dia.
Até parece que já conhecem a minha máquina.
Mas hoje levei um baita susto!
Um pai mais distraído, picava o pãozinho para um menino de no máximo quatro anos jogá-lo para os bichos.
De repente o menino gritou "papai , esse pão é meu!", e esticou o pequeno corpo para um salto olímpico no lago, atrás dos pedacinhos do pão que boiavam...mas que eram dele!
Foi pego pelos pés, pelas ágeis mãos do pai, e ficou dependurado pelas calças, ainda esbravejando:"papai esse pão é meu!"
Ainda bem que foi só o susto.
Estou aqui a pensar nessa vida.
Tão cedo e já se inicia a árdua luta pelo pão nosso...de cada dia.