Me deixou na Onça ...
Os dois colegas de Faculdade escalavam uma Montanha e tinham se perdido do resto do grupo. Com pouca experiência, preferiram aguardar o dia seguinte para retomar a procura da Trilha. Tinham notado que a vegetação ficava cada vez mais densa. Sinal de pouco transito, estavam adentrando a floresta. Como anoitecia e com o pouco material que dispunham, preferiram acampar para poupar energia. Fizeram uma pequena fogueira com os poucos gravetos secos que acharam e lá pelas tantas enquanto o sono não vinha, o Eduardo Marzollo, esse era o nome do que tinha feito o convite, começou a calçar de volta e apressadamente o par de botas. Seu colega estranhou, afinal pernoitariam ali e ele mesmo tinha sugerido que os dois tirassem os calçados para descansarem mais. E quando o primeiro perguntou por que, ele se vestiu mais depressa ainda dando uma resposta evasiva e recolhendo as suas coisas fechou a mochila. De repente deu um pulo e saiu em disparada mato adentro. Seu colega não entendeu nada até ouvir um urro assustador de um animal bem às suas costas. Chegou a sentiu o “bafo”. Virou-se e paralisou de medo, era uma onça enorme. E Enquanto a onça se aproximava ficando a poucos metros, ele desapontado murmurou: “Por isso que ele correu. Me deixou na Onça”.
O final deste causo fica por conta da imaginação. Mas a Moral da história eu não deixo barato: “É melhor trilhar sozinho do que com um canalha do lado”. Ficando também a recomendação para quando estranhar a atitude dos colegas: abrir bem os olhos e calçar as botas.-