Pipoca que pula
Fernandinho gosta muito de pipoca, pedia a sua mãe que lhe fizesse pipoca. Lúcia resolve atender ao pedido de Fernandinho de apenas 4 anos de idade. O tempo dela é pouco em casa porque trabalha e estuda e Fernandinho fica na casa da avó, todos os dias.
Num sábado à tarde Lúcia animada fez a pipoca para Fernandinho, que assistia televisão. Chegou com a vasilha cheia, perto de Fernandinho, mas ficou decepcionada. O menino gritou choroso:
- Eu quero a pipoca que pula!
A mãe não entendeu toda pipoca pula.
Querendo saber da pipoca diferente Lúcia pediu a Fernandinho para levá-la onde tem a pipoca que pula.
E ele diz:
-É na casa da vovó.
Lúcia pegou o carro e seguem para a casa da vovó. Chegando lá logo vão ao que interessa, a pipoca.
A avó prestativa começa a preparar o desejo do garoto. Põe a panela no fogo e conversa com Lúcia, esperando as pipocas estourarem.
Quando começam a estourarem, o menino grita:
- Pipoca que pula pipoca que pula...
Pegava as pipocas no chão e comia. A mãe ficou com um certo nojo de ver a criança comer coisa do chão, mas aceitou e sorriu.
A avó justifica:
- Ele adora quando eu faço pipoca, ele cata tudo e come, é uma gracinha!
Lúcia balança a cabeça e sorri, explicando ao filho mais tarde, que não pode comer coisas do chão.
Mas são simplicidades da velhice e da infância.
Coisas de avó e neto.