O TAXISTA E A FORÇA DO HÁBITO
É noite, quando o sujeito desembarca na rodoviária da cidadezinha, toma um táxi e diz para o motorista:
___Por favor, leve-me até a Rua da Saudade nº 1800, do outro lado da cidade!
O taxista, homem de pouca conversa, segue, calado enquanto o passageiro observa tudo com olhos de quem revê a terra natal com saudade.
Quando avista uma panificadora, resolve comprar uns pães doce pra levar pra sua mãe, mas ao tocar de leve no ombro do motorista pra pedir que pare, esse solta um grito lancinante, entra em desespero e quase perde a direção do veículo que se chacoalha pra todo lado, só parando depois de uns cinquenta metros.
Então, o passageiro, exclama assustado:
___Caramba! Não consigo entender por que o senhor se assustou tanto só por que toquei o seu ombro!
Ainda arquejante, o taxista explica:
___Por favor, me perdoe! É que hoje é meu primeiro dia de trabalho como taxista. Fui motorista de funerária durante trinta anos e jamais um defunto tocou meu ombro!