QUEIMANDO OS FLATOS NOS PALITINHOS...

Certo dia ele ligou aflito para o consultório do seu clínico.

A secretária de longe, mostrava uma certa inquietação com aquele telefonema, NADA CONVENCIONAL, que não terminava nunca.

-Tá certo, seu Manuel, o doutor vai lhe ver hoje, sim.

-Avisa ele que a disenteria tá danada, e a culpa DE TANTOS PUNS é do outro médico. Mas ele é quem vai ter que dar um jeito nisso!

Diz pra ele que já fiz de tudo! Não há papel que dê conta.

A secretária , um tanto desconcertada, e sempre muito polida, sabia que o tinha que escutar, na conduta mais ética possível, sem tecer nenhum comentário, mas ele insistia em atacar do lado de lá.

-Foi o remédio do "outro" que me deixou assim, PUM, PUM! , também aí nunca tem vaga para mim...e não esquece de dizer que a disenteria tem um odor insuportável, avisa o doutor, tô com medo, a senhora acha que é grave?

-Não deve ser nada não, seu Manoel, fique calmo, o doutor vai lhe ver logo mais.

-Como ficar calmo, com esse cheiro todo? Não é nada porque não é com a senhorita. Já tentei de tudo, até acender os palitos de fósforo, queimei quase uma caixinha inteira, e nada daquele cheiro ir embora!

E pum, pum ,pum! Vou explodir, pode avisar o doutor!

Depois de muito ouvi-lo, mais desconcertada ainda, desligou o telefone resignadamente, por ao menos ter aprendido a finalidade daqueles palitinhos, nos flatos do seu Manoel...

Podem acreditar, é verídico.