ABOBRINHAS RECHEADAS & CIA ILIMITADA


 


APRESENTA


 


CANTADA NO AEROPORTO


 


por Dolce Vita & Hélio Pequeno


          
      
Abriu sua caixa postal e viu a mensagem dele!

 
O coração na menopausa acelerava descompassado!
Desta vez, estariam na mesma cidade!

 
Ela finalmente, o conheceria, após anos de
comunicação por e-mail.
 

Num impulso afoito e impensado, sentiu-se ousada!
Respondeu convidando-o para um café.

 
Ele jamais conseguiria chegar no horário proposto,
mas aceitou o convite bem comportado.


Na verdade, achou irônico e infantil, depois de tanto tempo,
esperá-la para um café no saguão do aeroporto.

 

Enfim, quem haverá de entender as mulheres?
 

E esta, em particular, lembrava um oceano de inquietude e 
contradições!
 
Voltando ao tal convite. Pretendia chegar, se assim permitisse
o padroeiro das avenidas de Sampa, a tempo de fazer o check-in.
Sairia às 17h30 da empresa. Se ela pudesse esperar, talvez
fizesse uma poesia no guardanapo.

 
Mas como saberia quem era ela, misturada a tantos viajantes,
se possuía apenas seu apelido, usado em uma sala de bate-papo,
seu e-mail com o tal nome fictício e uma foto embaçada?

 
Entretanto, quem nunca usou óculos que atire a primeira lente!
 

Mandou a mensagem aceitando o convite para o tal encontro.

 
Ao abrir a resposta, ela sonhava acordada com o guardanapo,
manchado de café, em suas mãos, enquanto o avião
atingia o limite da pista e balbuciou:

 
- Nós sempre teremos Congonhas...





(*) Imagem: Google

http://www.dolcevita.prosaeverso.net

Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 07/08/2009
Reeditado em 08/08/2009
Código do texto: T1742293
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.