As aventuras de Tonico - O pênalti
Nos bons tempos do Ginásio, lá pelo 2º ano, havia no colégio de Tonico um cabrinha alto e forte, mas que vivia doido para enchê-lo de porrada, por causa de um chiclete que ele supostamente tinha colado nos seus cabelos. Desconfiava que tinha sido Tonico o autor da molecagem, mas como não tinha provas, vivia de olho nele, esperando um seu vacilo para se vingar com juros e correção monetária.
Era muito comum, nesse tempo, as peladas com bola de meia. Pegava-se uma meia comprida de mulher, recheava-se de pano na quantidade certa, dobrava-se a meia e fechava-se com uma fileira de fios entrecruzados - o chamado “cu de pinto” - e, pronto, nascia ali uma bola para as peladas de futebol...
E então, um belo dia, Tonico chegou ao colégio com uma rechonchuda bola de meia. Guardou-a na sacola e quando terminaram as aulas foi para um campinho de futebol que havia nos fundos do colégio. Colocou a bola num montinho de areia, na marca do pênalti, postou-se no gol e ficou esperando por um otário. O diabo atenta, com certeza, e eis que o desafeto de Tonico o vê e se aproxima para aporrinhar:
- Que é que tu tá fazendo aí, ó piolho de cobra?
- Tô esperando um cara bom de chute para marcar um gol em mim. Sou o melhor goleiro do Liceu!
- Tu és um frangueiro, abestado. Te marco um gol até de olho fechado! Quer apostar?
- Quero. Quinhentos réis para ti por cada gol marcado, quinhentos réis para mim por cada chute teu perdido.
- Fechado!
E Tonico postou-se, fingidamente alerta, no meio do gol, o cabrinha tomou distância, correu para bola e meteu o pé. A bola saiu fraca, chocha, mas o otário deu um berro horrível. Tinha quebrado o pé! Foi um rebuliço dos diabos no colégio, levaram Tonico e a bola para a Secretaria.
E lá descobriram que, em vez de pano, Tonico recheara a bola com uma pedra!
Nos bons tempos do Ginásio, lá pelo 2º ano, havia no colégio de Tonico um cabrinha alto e forte, mas que vivia doido para enchê-lo de porrada, por causa de um chiclete que ele supostamente tinha colado nos seus cabelos. Desconfiava que tinha sido Tonico o autor da molecagem, mas como não tinha provas, vivia de olho nele, esperando um seu vacilo para se vingar com juros e correção monetária.
Era muito comum, nesse tempo, as peladas com bola de meia. Pegava-se uma meia comprida de mulher, recheava-se de pano na quantidade certa, dobrava-se a meia e fechava-se com uma fileira de fios entrecruzados - o chamado “cu de pinto” - e, pronto, nascia ali uma bola para as peladas de futebol...
E então, um belo dia, Tonico chegou ao colégio com uma rechonchuda bola de meia. Guardou-a na sacola e quando terminaram as aulas foi para um campinho de futebol que havia nos fundos do colégio. Colocou a bola num montinho de areia, na marca do pênalti, postou-se no gol e ficou esperando por um otário. O diabo atenta, com certeza, e eis que o desafeto de Tonico o vê e se aproxima para aporrinhar:
- Que é que tu tá fazendo aí, ó piolho de cobra?
- Tô esperando um cara bom de chute para marcar um gol em mim. Sou o melhor goleiro do Liceu!
- Tu és um frangueiro, abestado. Te marco um gol até de olho fechado! Quer apostar?
- Quero. Quinhentos réis para ti por cada gol marcado, quinhentos réis para mim por cada chute teu perdido.
- Fechado!
E Tonico postou-se, fingidamente alerta, no meio do gol, o cabrinha tomou distância, correu para bola e meteu o pé. A bola saiu fraca, chocha, mas o otário deu um berro horrível. Tinha quebrado o pé! Foi um rebuliço dos diabos no colégio, levaram Tonico e a bola para a Secretaria.
E lá descobriram que, em vez de pano, Tonico recheara a bola com uma pedra!