QUARTA IDADE

Aos 80 anos, ainda vivia de aventuras e surpresas. Ajustou a saia, ajeitou os cabelos, pegou a bolsa, foi ao banco. Dirigiu-se ao caixa e falou em voz baixa:

- Hoje em dia, não podemos confiar em mais ninguém.

- Hum!...

- Imagine que, depois de 47 anos de casada, encontrei meu marido na cama com um homem.

- É verdade..., assim não podemos confiar em ninguém.

Ouviu o comentário do caixa com absurda surpresa. Com muita calma, abriu a bolsa e falou com a voz ainda mais baixa:

- A propósito, vá passando rapidinho pra cá todo o dinheiro que você tem aí na gaveta.