CAUSOS ENGRAÇADOS " A BOA VELHINHA"

Todo cidadão tem sua história de vida.Eu como os demais, também tenho a minha com algumas ressalvas de humor.

Há muito tempo atrás,e bota tempo nisto,éramos quatro jovens desprovidos de responsabilidades e que empunhávamos a espada da procura do novo.Meus amigos inseparáveis? Isley,Graco,e Luiz Alberto...E dentro deste novo não faltava as cachaçadas.O que narro agora,em algumas de nossas folhas corridas,é de um currículo que nós aconselhamos:"Crianças não façam isto em casa e tampouco nem em outros lugares".

Certa feita, estávamos fazendo serenata em uma casa de um prefeito amigo nosso,e diga se de passagem quando queríamos tomar Whisky Cavalo branco,de graça,procurávamos a casa do dito cujo prefeito,Miguel de Oliveira.Prosseguindo nossa história.Feito a serenata fomos brindados com um Abacaxi no qual,em seu interior, havia um licor muito delicioso.É bom explicar que do abacaxi tiraram o seu miolo, ou seja a sua polpa,no qual ficou uma espécie de um recipiente com casca.Após a nossa saída da casa do prefeito fomos entornando este licor em nossa juventude desenfreada.No término deste liquido precioso, começamos a colocar no interior do abacaxi,simplesmente cachaça.Vocês imaginam cachaça com o doce do abacaxi.Virou uma espécie de Vulcão a expelir lavas pelas nossas narinas.Moral da história...fogão total.Neste fogo total, começamos a nos batizar com o caldo deste néctar dos Deuses,entornando-o em nossas cabeças.Todos embriagados,la pelas tantas da matina,resolvemos ir para nossas casas.Só que eu, com medo da repressão de meus pais,resolvi dormir na casa de um dos nobres amigos, Isley. Chegamos em sua casa,pé ante pé, para não acordar os seus Pais que estavam naquele momento nos braços de Morfeu.

Isley,pegou um colchão e o jogou no canto de seu quarto,onde de imediato joguei meu esqueleto encharcado dos néctar dos deuses... a famigerada cachaça.No momento em que me deitei,o colchão começou a rodar e rodar e não parava mais este círculo vicioso.O viável e o mais aplausível, foi eu me sentar no colchão a escorar na parede.Dizem as más línguas,que quando se esta de porre e a cama começa a rodopiar,é bom colocar uma das pernas,ou seja,um dos pés no chão que neste gesto a dita cuja cama não rodopia mais...Dicas de bêbado...Prosseguindo minha narrativa:- Puxei o cobertor a ate o meu queixo,ficando somente com a cabeça e os cabelos, todo duro e espetado para cima,devido o baptizado da cachaça narrado um pouco atrás,para fora da coberta.Naquela época todos usávamos cabelos enormes ate os ombros,motivos estes que era usuais e em detrimentos da nossa banda The Black Cats .Agora imaginam encharcados de caldo de abacaxi.Era um quadro deplorável.Eu, sentado dormindo com aqueles cabelos enormes e espetado,com um cobertor ate a altura do queixo.Parecia que não havia dormido muito,mas logo acordei com vozes dentro do quarto e xingatórios direcionado ao meu amigo fiel.Era a senhora mãe do Isley gritando com ele e lhe dando a maior bronca...

Assim que a mãe do Isley levantou para fazer o o seu café, automaticamente ela tinha que passar em frente ao quarto o qual nos dormíamos e que estava com a porta devidamente aberta e semi escuro,porem,dava para ver o que continha la naquele cantinho macabro. Dando prosseguimento a história da bronca,a mãe do Isley estupefata pelo que via no canto do quarto, o cotucava e lhe dava um bronca danada.E eu já acordado, mas se fazendo de dormindo,somente com o cantinho do olho esquerdo semi aberto para ver a sena,aguardava os acontecimentos.Neste meio tempo já o Pai, também, estava dentro do quarto dando a sua bronca uno sonos com a progenitora do dito cujo Isley:

Mãe -Isley agora você passou dos limite,onde foi que você arranjou esta velhinha e trazer pra dentro de casa,seu cachorro...

Pai -Seu vagabundo não tem vergonha,não respeita a sua família em trazer uma mulher pra dentro de casa!

Mãe -Você só sabe encher a cara e trate de acordar esta mulher o ponha ela no olho da rua.

Pai -Só me faltava esta,perdeu totalmente a vergonha!

Irmãs,que neste meados estava todas dentro daquele,que agora já era um cubículo, de tão apertado:

-O que é que esta acontecendo gente?! noooooooooossa,uma mulher dentro do quarto do Isley...Quem é esta velha?!- Puxa Isley,não tinha outro lugar pra você levar esta velha não?!

Eu,naquele momento em meu canto,arquitetava e estudava uma forma de apagar a fogueira e não sabia como fazer com todo aquele mal-entendido. Isley,não falava nada porque a sua família não lhe dava tempo e tão pouco trégua com aqueles discursos inflamados pelos xingatórios.Em um de repente enchendo o peito de ar, tomei coragem e uma decisão.Pensei cá comigo...Seja o que Deus quiser...E em um ímpeto com um sorriso meio amarelo,amarelo também pela ressaca, com a cabeça com um pouco em rodopios,ainda...consegui pronunciar algumas palavras:

- Ôi! Gente sou eu...Diney!

Foi quando alguém lembrou de acender a luz do quarto.E todos atônitos e boquiabertos,sem muito decifrar o que estava ali no canto,começaram a atender que a boa velhinha que esta ali com aquele cabelo duro era Eu.

Feito o reconhecimento todos começaram a me zoar e a rir muito do vexame que deram e me chamando de velhinha.

Já se passaram vários anos,porem,ate nos dias de hoje nas festas e reuniões da família do Isley eu sou chamado ainda de Boa Velhinha.

Bem aqui narro mais uma de minhas histórias e sempre repetindo, "Um homem sem passado não tem o que contar aos seus.

Esta história que narro são fatos que vivenciadas por mim em minha terra natal Araguari.